Autoridades do Federal Reserve, banco central norte-americano, não devem fazer qualquer mudança na política monetária nesta semana, enquanto esperam por mais evidências da extensão dos danos à economia dos Estados Unidos causados pelas disputas do orçamento em Washington.

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Na verdade, eles podem aguardar até o fim do ano.

"Eu diria janeiro ou março neste momento", disse o economista-chefe da Raymond James, na Flórida, Scott Brown, sobre a data que o Fed deve começar a reduzir seu estímulo para a compra de títulos.

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Os dados econômicos divulgados desde o fim da paralisação do governo são surpreendentemente fracos. O crescimento do emprego desacelerou em setembro, no período que precedeu a paralisação de 16 dias do governo.

A confiança dos consumidores e empresários pode sofrer danos permanentes após políticos flertarem com o calote da dívida, recusando-se a elevar o limite de endividamento dos EUA até o último momento, em um acordo que apenas adiou a batalha fiscal até o próximo ano.

Para piorar as coisas, a paralisação interrompeu a coleta de dados em outubro, dificultando a composição de uma imagem para as autoridades do Fed que buscam sinais de fortalecimento da economia.

Nesse ambiente de incerteza econômica, as autoridades podem hesitar em fazer qualquer mudança dramática dada a proximidade da troca de liderança do Fed. O presidente Barack Obama nomeou Janet Yellen, atual vice-presidente do Fed, no início deste mês, para substituir Ben Bernanke como chairmam do banco central, quando seu mandato terminar em janeiro.

"É difícil ver qualquer razão para alterar qualquer política ou até mesmo para fazer grandes mudanças na declaração", disse o economista-chefe do Barclays para os Estados Unidos, em Nova York, Dean Maki.

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O comitê do banco central divulgará a declaração sobre as decisões para a política na quarta-feira, no final da reunião de dois dias.

O Fed surpreendeu os mercados em setembro, quando optou por não desacelerar sua compra de títulos do atual ritmo mensal de 85 bilhões de dólares. Ele havia anunciado em junho que deveria começar a reduzir o programa antes do final do ano com o objetivo de suspendê-lo por completo em meados de 2014.

Sinais de estabilidade econômica desde a reunião de setembro apontam que a cautela adotada pelo Fed gerou bons resultados, e os economistas dizem acreditar que agora as autoridades devem esperar até o próximo ano para garantir que a recuperação esteja de vento em popa.