O Federal Reserve (Fed, banco central americano) sinalizou que pode aumentar o tamanho dos programas de compras de títulos relacionados a hipotecas e títulos do Tesouro americano (Treasuries) se for necessário para manter o custo dos empréstimos baixo e facilitar a saída dos Estados Unidos da recessão. As autoridades do banco central também apontaram sinais de estabilidade na economia, ecoando declarações recentes do presidente do Fed, Ben Bernanke, e de autoridades da Casa Branca, mas destacaram que as condições econômicas devem continuar fracas.

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O Comitê de Mercado Aberto (FOMC) do Fed votou por unanimidade por manter inalterada a faixa da meta da taxa dos Fed Funds - os títulos que lastreiam os empréstimos interbancários - entre zero e 0,25% ao ano, conforme era esperado. A faixa está neste nível desde dezembro. As autoridades reiteraram sua promessa de manter as taxas básicas de juros "excepcionalmente baixas" por um período prolongado. A taxa de redesconto cobrada pelo Fed nos empréstimos diretos aos bancos ficou inalterada em 0,5%.

"A perspectiva econômica melhorou modestamente desde a reunião de março", diz o comunicado, embora deva continuar fraca "por um tempo". "O ritmo da contração parece algo mais lento", acrescentou o Fed. O BC também destacou que os gastos do consumidor "mostraram sinais de estabilização, mas continuam limitados". Em discurso recente, Bernanke disse que há "sinais de que o forte declínio na atividade econômica possa estar desacelerando".

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"O comitê continuará avaliando o timing e os montantes de compras de títulos à luz da evolução da perspectiva econômica e das condições financeiras dos mercados", acrescentou o comunicado divulgado nesta quarta-feira (29) pelo Fed. No mês passado, as autoridades não alteraram a taxa básica de juro e anunciaram um programa de compras de até US$ 300 bilhões em bônus de longo prazo do Tesouro dos EUA, além de expandirem um programa de aquisição de ativos atrelados a hipotecas.