O Federal Reserve (FED, o banco central dos EUA) elevou suas previsões para o crescimento dos Estados Unidos e discutiu estratégias para eventualmente vender ativos ligados a hipotecas em sua reunião de política monetária em abril, mostrou a ata do encontro divulgada nesta quarta-feira (19).

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As previsões trimestrais do órgão mostraram otimismo consideravelmente maior. O Fed estimou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA fique entre 3,2% e 3,7% neste ano. Em janeiro, as autoridades projetavam que a economia cresceria entre 2,8% e 3,5%.

Apesar das previsões melhores, a ata indicou que o Fed não vê a inflação como risco de curto prazo e é improvável que comece um aperto monetário muito em breve. Há até a percepção de que a inflação esteja começando a parecer um pouco baixa demais.

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"A maioria dos membros projetou que a ociosidade na economia continuará bastante elevada por algum tempo, com a inflação permanecendo abaixo das taxas que seriam consistentes no prazo mais longo com o objetivo duplo do Federal Reserve", informou a ata, referindo-se ao mandato do banco central de combinar máximo emprego sustentável e estabilidade de preços.

Os preços ao consumidor dos EUA, excetuando-se alimentos e energia, medida utilizada pelo Fed como referência para a política monetária, subiram apenas 0,9% no ano até abril, menor alta desde 1966.

O Fed previu que a taxa de desemprego, atualmente em 9,9%, tenha uma leve queda ao longo do ano, mas ainda permanecendo em níveis historicamente elevados no futuro próximo.

Ativos

Em resposta à pior crise financeira desde a Grande Depressão, o Fed comprou mais de US$ 1,4 trilhão em dívida ligada a hipotecas, uma ação que tem alimentado temores de inflação no futuro.

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Autoridades do Fed concordaram na reunião que esses ativos poderiam eventualmente ser vendidos, mas não muito em breve. "A maioria dos participantes se mostrou favorável ao adiamento das vendas de ativos por algum tempo", disse a ata.