O Federal Reserve afirmou nesta terça-feira que manterá seus estímulos monetários por pelo menos mais dois anos, apesar de divergências internas, num esforço para dar suporte à economia.
Não estava claro se a decisão, que não envolveu nenhuma promessa de compras de títulos, será suficiente para colocar um piso no mercado de ações dos Estados Unidos, que já caiu mais de 15 por cento nas últimas duas semanas.
O Fed disse que o crescimento econômico dos Estados Unidos está se mostrando consideravelmente mais fraco que o esperado, sugerindo que a inflação, que já tem se moderado recentemente, vai permanecer contida no futuro previsível.
Três autoridades --Richard Fisher, do Fed de Dallas; Narayana Kocherlakota, de Minneapolis; e Charles Plosser, da Filadélfia-- votaram contra a decisão.
"O comitê atualmente prevê que as condições econômicas --incluindo os baixos níveis de utilização dos recursos e a perspectiva contida da inflação no médio prazo-- deve garantir níveis excepcionalmente baixos para os juros básicos pelo menos até meados de 2013", afirmou o banco central em comunicado.
O Fed também reiterou sua política de reinvestir os recursos obtidos com a aplicação em bônus, embora não tenha determinado um cronograma específico para suas ações.
A decisão do Fed acontece em meio a uma forte turbulência nos mercados financeiros, abalados pela preocupação com a economia global após o rebaixamento da nota da dívida dos Estados Unidos.
Além disso, permanece o temor de que os esforços europeus para proteger Itália e Espanha da crise da dívida não sejam suficientes para evitar rupturas no mercado de crédito.
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