O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas riquezas do país), em 2009, deve ser de 1,87% e a produção industrial alcançar 1,29%, de acordo com a pesquisa da Federação Brasileira de Banco (Febraban) de Projeções e Expectativas de Mercados, divulgada nesta quinta-feira (5), na capital paulista.

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Segundo os dados, a expectativa para o final de 2009 é a de que a taxa Selic seja reduzida para 10,75% e a taxa de câmbio fique em R$ 2,27 por dólar. A inflação deve fechar em 4,57% (para o IPCA) e 4,76% (para o IGP-M). As estimativas admitem ainda a desaceleração do crédito, com as operações chegando a 16,18%.

Segundo o economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg, é pouco provável que o PIB cresça mais do que o indicado pela pesquisa da entidade, porque todos os indicadores mostram desaceleração da atividade.

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É importante observar que se o Brasil fechar este ano de 2009 com crescimento de 1,8% vai ser um crescimento muito significativo comparado ao que está acontecendo no mundo. É sempre bom lembrar que o mundo está discutindo qual o tamanho da recessão e nós qual o tamanho do crescimento, afirmou.

Para Sardenberg, existe a tendência e a expectativa de que os juros caia mais rapidamente a partir de agora e, com isso, os tomadores de crédito poderão obter taxas mais baixas. Mas a velocidade desse processo deve depender do cenário e das incertezas. Se a incerteza diminuir a velocidade do repasse pode ser mais rápida, disse.

A pesquisa revelou ainda uma preocupação com o aumento da inadimplência que deve ficar em 4,94%. Esse crescimento decorre das demissões e diminuição da atividade econômica do país, com conseqüência do agravamento da crise no cenário internacional.

Na avaliação do economista da Febraban, o aumento da inadimplência e de outras taxas não devem comprometer a saúde financeira das instituições. Esse aumento da inadimplência e as incertezas sobre as taxas neste ano faz com que os bancos fiquem mais cautelosos com relação concessão de crédito, afirmou.

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