A Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf) na Região Sul pretende encontrar meios legais para suspender o embarque de soja transgênica no Porto de Paranaguá. Durante a reunião do governador Roberto Requião com o secretariado ontem a chamada "escolinha" , o presidente da Fetraf, Marcos Rochinski, disse que a liberação do escoamento "agride os interesses" dos pequenos agricultores. A liberação foi conseguida por meio de decisão liminar a favor da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP).
"Estávamos vivendo a expectativa de realizar o sonho de exportar um produto com diferencial, que pode não se realizar", disse Rochinski, referindo-se à soja tradicional. Segundo o presidente, por causa da liberação, pequenos agricultores do estado perderam um contrato para envio de 60 mil toneladas de soja convencional para a Europa no valor de R$ 23 milhões. Rochinski não explicou, no entanto, de que maneira o sindicato vai derrubar a liminar.
Por enquanto, os terminais que usam o corredor de exportação estão autorizados a escoar a soja geneticamente modificada por um dos três pontos de atracagem (berços) do porto.
O engenheiro agrônomo da Associação de Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa, Gabriel Fernandes, afirmou na reunião que o Paraná perde uma vantagem competitiva com a liberação do transporte de soja transgênica. Ele diz que a decisão vai contra as propostas defendidas pelo Brasil durante as conferências da Organização das Nações Unidas (ONU) realizadas em Curitiba em março.
No entanto, segundo o presidente da ABTP, Wilem Manteli, a questão dos transgênicos foi discutida pelo governo federal, através do Comitê Nacional de Biossegurança, que não encontrou problemas no seu cultivo e comercialização. "Quem decide se vai comprar uma (soja) ou outra é o nosso cliente no exterior. Como qualquer outro porto do país, Paranaguá é bem equipado e pode, inclusive, segregar os produtos."
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