O presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar), Sérgio Malucelli, considera a iniciativa inconveniente. “Entendemos que a insatisfação com o governo é geral, mas não é por causa disso que temos que inviabilizar as rodovias num momento em que temos que trabalhar”, diz.
Segundo Malucelli, as reivindicações tradicionais dos caminhoneiros são legítimas, mas o atual movimento se vale de ferramentas pouco comuns, como ligações anônimas. “As reivindicações sempre foram legítimas, agora quando se começa a fazer movimento para fechar rodovias prejudicando terceiros, inviabilizando o direito de ir e vir do cidadão, e tudo isso para tirar um governo, não dá”, afirma.
O presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Ágide Meneguette, afirma que a paralisação não atinge somente os produtores, mas prejudica também os consumidores pelo desabastecimento. “Lamento que no momento em que o país vive uma crise sem precedentes tenhamos que enfrentar uma greve que pode agravar ainda mais a já péssima situação econômica. Já enfrentamos recentemente uma greve em que milhões de litros de leite foram jogados fora, além dos hortigranjeiros que sofrem prejuízos por não poderem transportar sua mercadoria”, diz.
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