São Paulo – Durante esta semana será possível ver – e em alguns casos tocar e testar – as novidades que a indústria de telecomunicações está preparando. Até sexta-feira, ocorre a 16.ª edição da Telexpo, maior evento do setor na América Latina, no Expo Center Norte, em São Paulo. Durante os quatro dias de feira, são esperados 35 mil visitantes, entre profissionais da área, representantes da indústria e de pontos de venda.

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Paralelamente à feira está sendo realizado um congresso, este ano com o tema "A era da comunicação convergente". "A convergência começou com as redes (fixa, móvel, via satélite etc) e agora demanda das empresas uma nova forma de comunicação", diz Gabriel Rosa, diretor de marketing da Questex, organizadora do evento. "As redes estão integradas e elas têm que ter conteúdo para todos os meios porque, num futuro breve, não saberemos como o consumidor vai acessá-lo."

Durante o evento, serão tratados não apenas os aspectos tecnológicos e de regulamentação desses novos modelos, mas também como eles podem influenciar os negócios. "As barreiras estão ficando cada vez mais tênues entre o que é tecnologia da informação, telecomunicações e agora também entre esses conceitos e a mídia", afirma o vice-presidente da Siemens Brasil, Aluízio Byrro.

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Segundo o executivo, a multinacional alemã aposta na convergência tecnológica para crescer no mercado brasileiro e compensar a saída da linha de celulares – repassada para a BenQ, empresa com sede em Taiwan – antes responsável por 40% do faturamento da companhia. Apesar de estimar que a empresa deve perder a primeira colocação no mercado de telecomunicação neste ano, o vice-presidente acredita que a posição pode ser recuperada com foco em outros segmentos. Estão nos planos da empresa, segundo Byrro, nichos como a IPTV (televisão baseada no protocolo de internet) e banda larga.

Outra aposta não só da Siemens, mas de várias empresas presentes na Telexpo é o sistema WiMax, rede sem fio de transmissão de dados em banda larga (que opera em freqüências 2GHz e 11GHz). "Já estamos fazendo testes do sistema com as operadoras Brasil Telecom e Embratel", diz Byrro. "Esperamos que a Anatel faça rapidamente o leilão de licenciamento das freqüências para que possamos colocá-lo em operação, no máximo, no início de 2006."