Precauções
O que fazer antes de fechar negócio:
Pesquise o preço do imóvel: Fixe o valor máximo que pretende gastar e mantenha-se nesta faixa de valor.
Pesquise bancos e taxas: Todos os bancos fazem empréstimo, em alguns casos com taxas melhores que a Caixa.
Consulte o Custo Efetivo Total (CET) do financiamento: O mutuário tem de saber quanto o financiamento vai custar incluindo todas as taxas e tributos. Nem sempre a menor taxa de juros é o melhor negócio.
Vistorie o imóvel e peça toda a documentação: Conheça o imóvel e acompanhe seu andamento. Exija a documentação detalhada do que compõe o negócio, além da certidão negativa e escritura do terreno.
Não exagere no comprometimento de renda: A sugestão é que a parcela corresponda a até 15% da renda mensal.
Não assine nem pague sem ter certeza: O risco de perder dinheiro com adiantamentos feitos precipitadamente é do comprador.
Não assuma despesas que não quer: O despachante imobiliário, por exemplo, não é uma despesa obrigatória. É apenas uma facilidade proposta pelos vendedores.
Negocie multa em caso de atraso na entrega: Discuta uma cláusula de multa com o vendedor caso ele atrase a entrega do imóvel. Fique atento também aos prazos prometidos pelo banco e pela construtora, que podem ser diferentes.
Guarde panfletos publicitários e registre as promessas do vendedor: Eles podem ser úteis caso algum acordo não seja cumprido ao fim da obra.
Ao longo de três dias, o 8.º Feirão Caixa da Casa Própria movimentou R$ 1,45 bilhão em Curitiba, montante 42% superior ao negociado na edição passada. Além de Curitiba, Fortaleza e São Paulo também receberam o evento no último final de semana. O valor movimentado nas três cidades ultrapassou R$ 4,98 bilhões. Considerando o que foi negociado em outras cinco cidades por onde o evento havia passado, o valor total dos contratos celebrados neste ano já soma R$ 9,6 bilhões.
Em Curitiba, 29 mil pessoas passaram pelo Marumby Expo Center entre sexta-feira e domingo, e quase 9 mil contratos foram assinados ou encaminhados. Ao todo, eram mais de 21 mil imóveis em oferta, com preços entre R$ 80 mil e R$ 3 milhões.
A avaliação do superintendente regional da Caixa em Curitiba, Vilmar José Smidarle, é de que o evento foi um sucesso pelo volume de negócios e oportunidades criadas tanto aos visitantes quanto às empresas. "As pessoas compareceram ao evento e realizaram o sonho da casa própria, se beneficiando da redução histórica dos juros no crédito imobiliário", afirma Smidarle.
Fabiano Fernandes da Costa foi uma das pessoas que se beneficiaram dessas condições. O funileiro havia iniciado sua pesquisa ainda no feirão do ano passado e fechou negócio neste fim de semana. "Fiz minha simulação e passei por todas as construtoras e imobiliárias até encontrar uma opção atraente. No sábado fui conhecer o imóvel e domingo fechei negócio", conta Costa.
Ele lembra que antes do evento só encontrava os imóveis na região e tamanho que procurava com valores acima de R$ 130 mil. Na feira, conseguiu negociar um apartamento de 60 metros quadrados em Pinhais por R$ 125 mil. "O principal fator foi reduzir a entrada pela metade, de R$ 40 mil para R$ 22 mil", afirma. A exigência por um apartamento para pronta entrega era outro empecilho que dificultava as negociações, pois prazo de entrega de grande parte dos empreendimentos ofertados era de dois anos.
Mas nem todos tiveram a mesma sorte de encontrar algum imóvel dentro do seu orçamento. A administradora de empresas Glauciane Pizzaia, que já está na busca de imóvel há alguns meses, imaginou que conseguiria alguma melhor oferta na 8.ª edição do Feirão, mas acha que vai ter que esperar por mais alguns meses.
Glauciane e o marido, Anderson, ainda moram com o pai dela e, por isso, ela acredita que vai ser possível esperar mais alguns meses para guardar mais dinheiro para dar entrada no imóvel. "Esta é a maior barreira, mas eu e meu marido não estamos dispostos a fazer nenhuma loucura para comprar o apartamento. É melhor ter cautela", acredita.
De acordo com a Caixa, mesmo quem não conseguiu fechar negócio neste fim de semana ainda pode financiar seus imóveis e fazer simulações nas mesmas condições do Feirão nos próximos dias.
Compra da casa própria não deve ser feita por impulso
Se o investimento para comprar a casa própria é muito grande, a atenção e as precauções ao fechar o negócio devem ser ainda maiores.
A principal recomendação é pesquisar bem as opções e nunca fechar negócio por impulso. Antes de concretizar a compra, é imprescindível tirar todas as dúvidas com a construtora, imobiliária ou corretor.
É fundamental pesquisar bem o preço do imóvel e as taxas de financiamento, afirma Lucíola Lopes Correa, advogada da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH). Para ela, é preciso estar consciente do compromisso de longo prazo que será firmado. "Lembre-se de que os vendedores estão lá para ganhar dinheiro e que jamais poderão opinar em quanto você pode usar de renda", aconselha Lucíola.
A advogada Ilcemara Farias, especialista em Direito Imobiliário, alerta que antes de adquirir qualquer imóvel é preciso analisar a planta e o projeto do empreendimento para não ter surpresas desagradáveis depois. Uma análise minuciosa, além de não criar falsas expectativas, também esclarece informações quanto aos materiais utilizados na estrutura da obra.
O mutuário também precisa se atentar que a compra de uma casa ou apartamento implica em uma série de documentos e impostos custosos. Além desses valores, o comprador precisa considerar quanto será pago mensalmente de condomínio.
"É importante guardar os folhetos e materiais publicitários sobre o empreendimento. Caso o produto entregue não seja o prometido, estas provas podem ser importantes", recomenda Ilcemara. (PB)
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