Comércio teme perdas de até 30% por greve dos bancos
A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mandou carta à Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) nesta quinta-feira pedido um acordo para o fim da greve dos bancários, estimando que o varejo possa sofrer perdas de até 30% nos primeiros dias de outubro caso a paralisação se prolongue até o quinto dia útil do mês. Leia matéria completa.
Uma rodada de negociação entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional dos Bancários programada para as 15 horas desta sexta-feira (4), em São Paulo, pode definir o rumo da greve dos trabalhadores em bancos, que entra no seu 16º dia. O encontro foi convocado pela própria federação, que confirmou a reunião.
As negociações estão interrompidas há um mês. Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que representa 95% dos bancários de todo Brasil, a única proposta apresentada pelos bancos até agora previa reajuste salarial de 6,1%, para repor as perdas inflacionárias. A oferta foi rejeitada pelos bancários em assembleias realizadas em todo o país no dia 12 de setembro. Uma semana depois, teve início a paralisação da categoria.
Entre as principais exigências dos trabalhadores estão o reajuste salarial de 11,93% (que representa 5% de aumento real além da inflação); Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 5.553,15; piso salarial de R$ 2.860,21; além de novos valores para auxílios e melhorias nas condições de trabalho.
Curitiba tem 230 agências fechadas nesta sexta
O Sindicato dos Bancários de Curitiba e região aponta que, nesta sexta-feira (4), 324 agências bancárias estão fechadas na capital e entorno. Somente em Curitiba, são 230 unidades sem expediente, das quais fazem parte Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Santander e Bradesco. Itaú e HSBC estão com as agências abertas devido a interditos proibitórios concedidos aos bancos.
Sobre a reunião convocada pela Fenaban para esta sexta, o presidente do sindicato, Otávio Dias, disse que ainda é cedo para afirmar se haverá uma resposta positiva dos banqueiros. "A Fenaban ficou em silêncio por mais de 20 dias, e o movimento dos bancários só se fortalece. Agora, também, não é só os bancários que estão cobrando um acordo. Nós esperamos que eles tragam uma proposta que nos agrade, se não, a greve continua por tempo indeterminado", declarou.
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