Curitiba A venda de veículos no Paraná voltou a cair em outubro, como já havia acontecido no mês anterior. A queda foi 13,5% em relação a outubro do ano passado e de 4,97% quando o resultado é comparado a setembro. A redução não significa uma tendência, mas deve ser atribuída ao menor número de dias úteis nos dois meses, que somaram dois feriados e um domingo de plebiscito, segundo avalia o diretor regional da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Luís Antônio Sebben.
Apesar de dois recuos consecutivos, a venda de veículos ainda acumula um crescimento de 11,87% nos primeiros dez meses do ano, com a entrega de quase de 21 mil unidades a mais em relação ao mesmo período de 2004. Um dos destaques do ano tem sido a procura por motocicletas. Até outubro, as vendas aumentaram 20,35%, totalizando 62,3 mil unidades comercializadas.
Para Sebben, nos dois últimos meses do ano as vendas devem voltar a crescer, embaladas pelas promoções das marcas e das revendedoras, e pelo uso do 13.º salário na troca de carro.
O gerente de vendas da concessionária Volkswagen Corujão, Antônio Carlos Altheim, diz que a empresa não sentiu a queda acusada pelos números da Fenabrave em setembro e outubro. "Muito pelo contrário. Em setembro crescemos 9% e em outubro 20%, quando comparados aos mesmos períodos do ano passado. Este ano deveremos apresentar aumento de 29% nas vendas do varejo."
Altheim informa que com a greve de 15 dias dos metalúrgicos, em São Paulo, os estoques da Corujão foram restringidos nas últimas semanas, mas a situação já está se normalizando. Até outubro, a concessionária vendeu 1.536 veículos da marca Volkswagen e comprou 1.593 veículos. Ele atribui o bom desempenho deste ano ao lançamento do Gol Geração 4, da nova Parati e do Cross Fox. Com a apreciação do real em relação ao dólar, o preço do Passat alemão (R$ 124 mil) ficou atraente e também contribuiu para o incremento das vendas.
Também para a Florença, concessionária Fiat, as vendas continuam em alta e este ano cresceram 10% sobre os números de 2004. De acordo com o gerente Ademílson Alano, a Fiat deve bater recorde de vendas este ano, tornando-se líder de mercado. Ele aposta nos preços promocionais, aliados às condições de pagamento e de financiamento, que vão a até 60 meses com juro de 1,65% ao mês.
O gerente explica que uma estratégia bastante utilizada pelo consumidor, que ajuda a aquecer o mercado do carro zero, é a venda do carro usado para quitar dívidas. "A pessoa vende seu carro, quita suas dívidas e financia um automóvel zero quilômetro através do leasing, com taxas atraentes de juros", destaca.
O gerente da CCV Veículos, Marcelo Apoloni, diz que no ano passado as vendas estavam melhores, mas a expectativa é que o 13.º salário proporcione uma reação, principalmente no segmento de usados. Na contramão do mercado, a CCV diz ter registrado em outubro o melhor mês de vendas de 2005.
No mês passado, o consultor de vendas Miguel Machado, aproveitando as condições de pagamento oferecidas pela Florença, resolveu trocar o seu automóvel Siena 1.3, ano 2005 por um Idea zero quilômetro. Ele vendeu seu carro por R$ 29,5 mil e pagou R$ 39 mil pelo Idea. "Financiei uma parte da dívida com juros de 1,6% ao mês" conta.
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