A Ferroeste recebeu nesta semana as primeiras três das cinco locomotivas que foram compradas neste ano em um investimento de R$ 4 milhões que inclui ainda mais 400 vagões graneleiros. As locomotivas MX620, modelo produzido entre os anos 1970 e 1980, foram adquiridas da empresa Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), que fechou um acordo de “transferência onerosa” com a companhia paranaense. Com a ampliação da frota, a Ferroeste pretende dobrar a capacidade de transporte da produção agrícola da Região Oeste, escoando a safra da região de Cascavel até Guarapuava. Segundo nota da companhia, a previsão é de que o faturamento aumente em 50%.
Os trens estão passando por revisão, na sede da Ferroeste em Guarapuava. Depois desta avaliação técnica vão começar a tracionar a carga vinda do Oeste paranaense. Também estão sendo avaliados os primeiros 40 vagões. Segundo a Ferroeste, até o fim de 2015 chegarão os demais vagões e as duas últimas locomotivas.
Esta é a segunda aquisição de equipamentos nos últimos dois anos – outras duas foram adquiridas em 2013. Com isto estarão em circulação 15 máquinas. O salto maior será no número de vagões, que aumenta de 60 para 460.
Com esse investimento, a Ferroeste espera fechar o ano no azul pela primeira vez. A empresa registra sucessivos prejuízos ao longo de 15 anos que somam R$ 140 milhões. Parte desse prejuízo foi compartilhada por todos os paranaenses: desde 2007, quando o governo estadual reassumiu a operação da ferrovia após dez anos de concessão ao setor privado, o déficit somou R$ 72 milhões.
