A previsão da ampliação da ferrovia que liga Guarapuava a Ponta Grossa e os investimentos previstos até 2010 para o aumento da produção de Hbio, que também é fabricado pela Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, foram os destaques no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) para o Paraná, segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. De acordo com a ministra, todos os estados da região Sul foram contemplados pelo pacote e não têm do que se queixar. A região, que no total deve receber um investimento de R$ 37,5 bilhões, contará com mais projetos de manutenção do que obras novas.
"O Sul já contava com infra-estrutura, vamos fazer pequenas intervenções", afirmou a ministra. Dilma reuniu ontem, em Brasília, jornalistas de diferentes regiões do país para apresentar mais detalhes sobre obras previstas no PAC. O encontro, no entanto, pouco aprofundou as informações que já haviam sido divulgadas no dia do lançamento. Não houve divulgação de valores específicos de investimentos, nem de um cronograma de obras. A conversa se voltou mais para a defesa das reclamações apontadas por governadores, o que não foi o caso do Paraná, onde o governador Roberto Requião disse estar satisfeito com o plano.
Apesar de destacar a ampliação da ferrovia como uma obra importante para o Paraná, Dilma não ofereceu mais detalhes sobre o projeto, que segundo ela ainda está em construção. Quanto ao Hbio, um novo tipo de combustível que mistura óleo vegetal (de soja, mamona, palma e outras oleaginosas) no processo de fabricação do diesel, a ministra lembrou que Paraná e Rio Grande do Sul reúnem os dois maiores dos quatro grandes projetos brasileiros.
A previsão de investimentos de R$ 150 milhões no processamento deve garantir que a oferta do combustível chegue a 425 mil metros cúbicos por ano em 2008, o que significaria uma redução de importação de diesel de 25%. Atualmente, segundo a Petrobrás, 256 mil metros cúbicos do combustível estão sendo produzidos. A ampliação da produção, apesar de constar no PAC, já era prevista desde meados do ano passado.
As ações do PAC no Paraná incluem ainda a ampliação da pista do Aeroporto Afonso Pena, construção da segunda ponte internacional sobre o Rio Paraná e a construção e recuperação de berços do Porto de Paranaguá, além de financiamento para obras de geração e distribuição de energia, como a Usina de Mauá (Norte do estado).
Outro investimento que deve beneficiar a infra-estrutura do estado, mas que está suspenso, é a concessão de rodovias federais. O plano de concessões atinge 401,6 quilômetros da BR-116 (Régis Bittencourt), entre São Paulo e Curitiba, e 382,3 quilômetros da BR-376, entre Curitiba e Florianópolis. Dilma diz que ainda não há uma previsão de quando será retomado o processo de licitação das concessões, que foi suspenso para reavaliação do governo.
A intenção é definir uma taxa de retorno de investimento para as concessionárias, que era considerada muito alta. O PAC inclui R$ 3,8 bilhões de investimento em concessões de sete trechos de rodovias federais.
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