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Festa é ação de marketing

A consultora Carmem Fernandes diz que a primeira coisa a fazer é definir as metas | Priscila Forone/ Gazeta do Povo
A consultora Carmem Fernandes diz que a primeira coisa a fazer é definir as metas (Foto: Priscila Forone/ Gazeta do Povo)

Os eventos corporativos, até al­­guns anos atrás promovidos de maneira simples e pouco organizada, aparecem hoje como ações de marketing importantes e com alto potencial de retorno. Se­­gun­­do pesquisa encomendada pelo Meeting Professionals Interna­tional, maior comunidade de estrategistas da área no mundo, o investimento nesses eventos no Brasil passou de R$ 1,5 bilhão em 2009 para R$ 2,1 bilhões em 2010.

Carmem Fernandes, consultora na área de feiras e eventos, explica que um evento corporativo pode fazer parte da estratégia do departamento de marke­­ting ou comercial, dependendo das metas que a empresa quer atingir. Essa meta é a primeira coisa a ser definida, aponta ela, e depois disso é preciso fazer um planejamento com uma planilha orçamentária, cronograma e check-list detalhados e escolha dos colaboradores, parceiros e fornecedores que vão trabalhar no projeto.

"A festa foi uma excelente oportunidade de relacionamento e branding", diz Antonio Bor­­ba, diretor executivo da Magic Web Design, sobre a comemoração de 15 anos da empresa, em novembro. O investimento na festa foi de R$ 500 mil. A expectativa era que o evento posicionasse ainda mais a empresa co­­mo referência na área de tecnologia. Realizada no Graciosa Coun­­try Club, a festa teve a produção de João Callas, um dos profissionais mais conhecidos do estado.

Cifras

Os grandes eventos corporativos trazem bons resultados, mas exigem investimentos significativos. Os produtores Dado Dantas e Ilse Lambach explicam que o valor varia conforme a quantidade de convidados, o espaço e o que será servido, entre outros aspectos. Eles já produziram eventos que consumiram valores desde R$ 80 mil, para a inauguração de uma concessionária, até R$ 400 mil, para o lançamento de um condomínio de luxo que reuniu 5 mil convidados e 200 corretores in­­cumbidos de vender os imóveis.

Para Dantas e Ilse, a produção do evento tem a missão de posicionar o produto no mercado. "Evento de grande luxo, por exemplo, já posiciona o produto no mercado co­­mo luxo", afirma Dado Dan­­tas. Evie­­te Dacól, diretora Co­­mercial e de Marketing do Gru­­po Inove, que atua no mercado de design e va­­rejo de decoração, diz que um bom evento pode também dar resultado a longo prazo, mas desde que se dê continuidade com ações complementares que po­­dem ser pequenos eventos, work­­shops e a mídia espontânea gerada pela imprensa.

Danielle Babinski Faé, gerente de marketing da Rede Sla­viero Hotéis, aponta dois fatores que teriam sido decisivos para o aprimoramento na produção dos eventos corporativos. O primeiro é o crescimento da cidade, que dificulta deslocamentos e exige muita disponibilidade do convidado. Então, quem promove a festa tem de pensar naquilo que fará com que a pessoa saia de casa. O outro é o crescimento do número de eventos, o que gera uma certa competição, além da disputa pela atenção da imprensa, completa.

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