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O número de empresas que atribuem a realização de investimentos à capacidade produtiva aumentou nos últimos meses, segundo revela a Sondagem de Investimentos da Indústria realizada entre os meses de abril e maio pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo o estudo, no que diz respeito à expansão dos investimentos em 2010, o aumento da capacidade produtiva foi a motivação mais citada por 40% das 789 empresas informantes, o segundo maior porcentual da série iniciada em 1998, inferior apenas aos 50% apurados em abril-maio de 2008. "O aumento da frequência de empresas indicando esta motivação para a realização de investimentos está geralmente associado às boas perspectivas de crescimento do setor industrial", informa a FGV no documento de divulgação da Sondagem.

O segundo motivo para a realização de investimentos produtivos em 2010, de acordo com a Sondagem, é o aumento da eficiência produtiva, assinalado por 28% das empresas. Já o fator substituição de máquinas e/ou equipamentos registrou a maior frequência da série histórica (18%) iniciada em 1998. Além disso a proporção de empresas que afirmam estar sem programa de investimento em 2010 é de 14%, o menor porcentual da série, empatado com os valores registrados em 2007 e 2008.

De acordo com a Sondagem, a percepção das empresas industriais em relação ao ambiente para a realização de investimentos "modificou-se bastante em relação ao ano passado". Entre 2009 e 2010, o porcentual de empresas que afirmam encontrar dificuldades para realizar investimentos em capital fixo reduziu-se de 87% para 33%. Entre as empresas que percebem entraves à realização de investimentos, segundo a pesquisa, o fator mais lembrado foi a limitação de recursos próprios, mencionado por 42% das empresas, um salto de 7 pontos porcentuais em relação ao ano passado (35%)e a maior proporção da série histórica.

Ainda segundo a Sondagem, mesmo que tenha sido indicado por 26% dos informantes, o fator carga tributária registrou o mais baixo porcentual da série histórica como entrave aos investimentos. O custo de financiamento também foi apontado por 26% das empresas, proporção inferior aos 28% do ano passado. O fator limitativo incertezas acerca da demanda, que havia sido mais citado em 2009 por 50% das empresas, foi indicado por apenas 20% este ano, o segundo menor porcentual da série (o menor foi de 18% em 2008). As citações à limitação de crédito como um fator limitativo aos investimentos também diminuíram em relação a 2009, de 28% para 25%.

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