O economista André Braz, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), afirmou nesta segunda-feira que o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) tende a desacelerar no mês de fevereiro. Para janeiro, ele estima uma taxa muito próxima da registrada em janeiro do ano passado, quando atingiu 1,29%, a maior marca desde a terceira quadrissemana de fevereiro de 2003 (1,55%).

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De acordo com Braz, o índice está em linha com as expectativas da FGV, uma vez que, em janeiro, são esperados aumentos nas mensalidades escolares, tarifas de transporte público e alimentos in natura. "Todos esses efeitos colocam a variação média do índice em janeiro em 1,18% e é possível que não pare por aí", afirmou Braz.

Segundo ele, as elevações dos ônibus ainda não foram plenamente captadas pelo indicador. "É possível que a taxa se aproxime da registrada no ano passado e pode ser até que a ultrapasse, dependendo das incertezas em relação aos alimentos in natura e da continuidade da desaceleração dos alimentos industrializados" disse o economista.

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Para fevereiro, ele espera que a situação se inverta. O aumento das tarifas de ônibus nas capitais brasileiras, segundo Braz, costuma ficar restrito ao mês de janeiro. Ele afirmou ainda que o comportamento dos alimentos in natura historicamente melhora em fevereiro. "Apesar das incertezas em relação ao clima, é muito raro que aconteçam aumentos nesse grupo, que se caracteriza por lavouras curtas. Fevereiro deve registrar taxas bem mais baixas para o IPC-S", afirmou. "Prevemos, com mais segurança, uma desaceleração do índice em fevereiro, mas eu não estranharia se viesse uma queda."