A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) foi de 1,27% até a quadrissemana finalizada em 31 de janeiro, bem acima da taxa de 0,72% apurada até 31 de dezembro, informou nesta terça-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A taxa também foi superior à do IPC-S imediatamente anterior, de até 22 de janeiro que mostrou avanço de 1,18%.
O resultado do IPC-S anunciado nesta terça ficou dentro das estimativas dos analistas, que esperavam uma alta de preços entre 1,18% e 1,30%. A mediana das previsões estava em 1,22%. Segundo a FGV, esta foi a maior taxa de variação do IPC-S desde a primeira semana de fevereiro de 2010, quando o índice registrou inflação de 1,33%.
A aceleração da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) de até 31 de janeiro foi causada por aumento mais intenso de preços em quatro das sete classes de despesa pesquisadas para cálculo do indicador.
Segundo FGV, as classes de despesa que apresentaram taxas de inflação mais fortes de dezembro para janeiro foram Educação, Leitura e Recreação (de 2,98% para 4,01%), Transportes (de 2,08% para 2,69%), Despesas Diversas (de 1,12% para 1,25%) e Habitação (de 0,24% para 0,34%).
As três classes de despesa restantes registraram desaceleração na variação de preços. É o caso de Alimentação (de 1,64% para 1 36%), Vestuário (de 0,36% para -0,12%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,52% para 0,46%). Entre os produtos pesquisados, a FGV informou que as altas mais expressivas foram registradas em tarifa de ônibus urbano (6,43%), tomate (32,94%) e curso de ensino superior (4,86%). Já as mais expressivas quedas de preço foram apuradas em limão (baixa de 27,89%), feijão carioquinha (queda de 14,06%) e passagem aérea (recuo de 12,09%).