O executivo-chefe da Fiat, Sergio Marchionne, vai falar sobre os planos para a Chrysler após assumir seu controle| Foto: Rebecca Cook / Reuters

O executivo-chefe da Fiat, Sergio Marchionne, vai comunicar a analistas e jornalistas na quarta-feira (4) os planos que a montadora italiana vem desenvolvendo para a Chrysler depois de assumir seu controle, como parte de uma reestruturação arranjada e financiada pela administração Obama.

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De acordo com pessoas com conhecimento direto da estratégia, os planos da Fiat para a Chrysler preveem o cancelamento dos planos da montadora norte-americana para suas marcas fora da América do Norte, com a exceção da Jeep.

Uma porta-voz da Chrysler se negou a comentar o anúncio pendente. "Será algo abrangente", disse ela, falando do briefing previsto para juntar Marchionne e o presidente da Chrysler, Bob Kidder.

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A apresentação de cinco horas a ser feita por executivos da Fiat e da Chrysler vai focar planos para levar ao mercado dos EUA novos modelos econômicos em combustível, usando tecnologia de motores desenvolvida pela Fiat, disseram as fontes, que pediram para não ser identificadas antes do anúncio formal.

O anúncio vai abranger também os planos para levar a tecnologia de motores MultiAir, criada pela Fiat e que garante economia de combustível, para os veículos da Chrysler, disseram as fontes.

Outros elementos dos planos da Fiat para a Chrysler vão refletir o reconhecimento de que a montadora não poderá ser viabilizada se forem feitas apenas modificações pequenas em sua estratégia passada para suas três marcas - Chrysler, Jeep e Dodge.

Como parte das mudanças generalizadas promovidas sob a égide da Fiat, a Jeep vai continuar a ser uma marca internacional, devido ao reconhecimento forte de seu nome, disseram as fontes.

A Fiat pretende desenvolver a marca Jeep e reforçar o marketing de seus utilitários esportivos em mercados emergentes como o Brasil, segundo uma das fontes.

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As vendas da Chrysler nos EUA caíram 40% até setembro, comparadas com uma queda de 27% no mercado geral.

Diferentemente da General Motors, que emergiu de sua falência financiada pelo governo depois da Chrysler, a Fiat até agora vinha mantendo silêncio sobre seus planos de modernização da linha de produtos da Chrysler.

Sob a direção de sua proprietária anterior, a Cerberus Capital Management, a montadora tinha suspendido boa parte de seus trabalhos de desenvolvimento de veículos para poupar dinheiro.