Sergio Marchionne, CEO da Fiat Chrysler| Foto: GEOFF ROBINS/AFP

A Fiat Chrysler foi acusada nesta quinta-feira (12) pelas autoridades americanas de ter adulterado os motores de 104 mil de seus veículos a diesel nos Estados Unidos para minimizar o nível real das emissões poluentes. A prática utilizada seria similar ao que fez a Volkswagen no escândalo de emissões, em 2015.

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O grupo ítalo-americano teria instalado, em alguns modelos de veículos a diesel, programas que falsificam resultados dos controles antipoluentes. Os modelos Jeep Cherokee e as caminhonetes picapes Dodge Ram 500, fabricadas entre 2014 e 2016, passaram pela adulteração. A intenção era fazê-los passar como mais “verdes”, assegurou a Agência de Proteção do Meio Ambiente dos Estados Unidos (EPA).

“O fato de dissimular um programa que afeta as emissões em um motor constitui uma grave violação da lei que pode traduzir-se em uma poluição nefasta do ar que respiramos”, comentou Cynthia Giles, uma das funcionárias da EPA em um comunicado. Segundo a agência, os veículos envolvidos expeliram muito óxido de nitrogênio (NoX), um gás ao qual são atribuídas diversos problemas respiratórios.

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Outro lado

O grupo Fiat Chrysler US negou as acusações em um comunicado. “A FCA US espera com impaciência demostrar que sua estratégia de controle de emissões está corretamente justificada e não se assemelha a um ‘programa manipulador’”, afirmou o grupo em comunicado, acrescentando que pretende se explicar à “futura administração” americana.

Volkswagen

A Volkswagen admitiu que cerca de 11 milhões de carros a diesel em todo o mundo estavam equipados com softwares programados para enganar os testes de emissões. Na quarta-feira (11), a montadora declarou-se culpada no caso e concordou em pagar US$ 4,3 bilhões em acusações criminais e civis.