A Chrysler concluiu a venda dos seus ativos mais saudáveis a um grupo liderado pela Fiat nesta quarta-feira, reativando a montadora de 84 anos que estava perto do precipício.

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A venda dos ativos conclui um rápido processo de reorganização da Chrysler conduzido pelo governo dos EUA do presidente Barack Obama. Outras partes da montadora seguirão em concordata para serem vendidas ou desativadas.

A nova companhia, conhecida como Chrysler Group, iniciará as operações imediatamente, segundo comunicado.

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O presidente-executivo da Fiat, Sergio Marchionne, também será presidente-executivo da Chrysler.

Segundo Marchionne, a aliança cria a sexta maior montadora do mundo.

Com o movimento, a Fiat pretende sair mais forte de uma das piores crises enfrentadas pela indústria automotiva global. A empresa italiana começou a procurar parceiros para ganhar escala no final do ano passado, quando as vendas de automóveis começaram a cair drasticamente.

A Chrysler informou que emitiu ações da nova companhia equivalentes a uma participação de 20 por cento para uma subsidiária da Fiat.

A fatia da montadora italiana pode aumentar para até 35 por cento se algumas metas exigidas pelo acordo forem alcançadas, mas não pode obter uma participação majoritária na Chrysler até que todos os empréstimos tomados junto ao governo dos Estados Unidos sejam quitados.

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Além disso, o fundo de benefícios médicos aos aposentados do sindicato United Auto Workers (UAW) tem agora uma fatia de 55 por cento no Chrysler Group, informou a companhia.

O Tesouro dos EUA detém 8 por cento, enquanto o governo canadense tem uma fatia de 2 por cento.

A Chrysler chegou a acordos com quase todos os grandes credores até o final de abril e pediu proteção judicial contra falência em 30 de abril para finalizar a venda dos seus ativos à nova companhia liderada pela Fiat.

América do Sul

A participação das operações sul-americanas da Chrysler no acordo ainda não está clara. Procurada, a Fiat no Brasil informou que o acordo envolve compromisso de a montadora italiana "alavancar as vendas da Chrysler fora do Nafta".

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A Fiat tem 500 pontos de vendas e a Chrysler possui outros 32 no Brasil.

Todos os veículos da Chrysler comercializados no mercado brasileiro são importados, já que a empresa não possuí fábrica no país.

Na América do Sul, a Chrysler só possui linha de produção na Venezuela. A montadora vendeu no primeiro trimestre 12.315 veículos na América Latina, um crescimento de 6,9 por cento em relação ao mesmo período de 2008.