A montadora italiana Fiat melhorou sua oferta pela Opel, subsidiária da General Motors na Alemanha, afirmou neste sábado o ministro da Economia da Alemanha, Karl-Theodor Zu Guttenberg. A informação partiu da agência de notícias Dpa da Alemanha e foi reproduzida pela agência italiana Ansa. O ministro alemão não citou valores da nova oferta.
Segundo a Ansa, a nova proposta da Fiat prevê uma participação maior da montadora italiana no capital da Opel e também um aumento do risco que a empresa assumirá ao tomar o controle das operações. O porta-voz da Fiat, consultado em Turim (norte da Itália) sobre a nova proposta da empresa, não se manifestou.
Já o chanceler da Alemanha, Frank-Walter Steinmeir, do Partido Social Democrata, disse neste sábado ao jornal alemão Bild Zeitung que a proposta do consórcio austro-canadense Magna para adquirir o controle da Opel é "muito sólida". O consórcio Magna disputa a Opel com a Fiat.
Protesto na Itália
Neste sábado, cerca de cinco mil operários da fábrica de automóveis da Fiat em Termini Imerese, subúrbio de Palermo, na Sicília, fizeram uma manifestação de duas horas, que incluiu paralisação da produção, contra a possibilidade de demissões no Grupo Fiat se a corporação italiana comprar a Opel. Também participaram do protesto operários de uma unidade de autopeças da Magneti Marelli na Sicília e de outras empresas do polo automotivo de Termini Imerese.
Em 2002, a Fiat tentou fechar a fábrica de Termini Imerese, onde produz carros da marca Lancia, e desistiu após uma greve dos trabalhadores. Eles temem que a aquisição da Opel signifique o fechamento de fábricas do Grupo na Itália.
"Estamos muito preocupados por Termini Imerese" disse o secretário do sindicato Fiom, Giorgio Cremaschi. "Sergio Marchionne assegurou que a Fiat não fechará nenhuma fábrica da Opel na Alemanha, mas não se pronunciou sobre as fábricas italianas", disse, referindo-se ao executivo-chefe do Grupo Fiat.
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