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Os representantes da indústria paranaense elegem hoje o novo presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), que representa 40 mil empresas do estado. Dois candidatos estão na disputa pelo principal cargo da federação, com mandato de quatro anos: o empresário Edson Campa­gnolo, representante da situação, mede forças com o secretário de Estado licenciado de Indústria e Comércio, Ricardo Barros, candidato da oposição. Essa é a terceira vez que ocorre bate-chapa na história da entidade – as anteriores foram em 1983 e 2007.

O dia decisivo marca o fim de uma disputa que envolveu campanhas nos bastidores empresarial e político do estado, troca de acusações de uso da federação para interesses próprios e intervenções da Justiça, que suspendeu duas vezes o edital de eleição. O candidato que sair vitorioso da disputa terá a responsabilidade de administrar um orçamento anual de R$ 450 milhões, maior que a receita de 393 das 399 cidades paranaenses, e o desafio de auxiliar na retomada do crescimento do setor industrial paranaense.

Campanha

As últimas duas semanas foram de intensa campanha de ambos os candidatos por diversas regiões do estado. Campagnolo e Barros percorreram os principais municípios reunindo os sindicatos patronais, apresentando propostas de gestão e pedindo votos. "Foram muitas viagens e diversos encontros com os sindicatos. Um bom desfecho para a campanha", destaca Campagnolo. "Percorri todas as regiões explicando as propostas. Foi cansativo, mas estou animado", diz Barros.

Dos 99 sindicatos patronais filiados, 91 entregaram a documentação necessária e estão aptos a participar da votação. Outros cinco podem regularizar suas situações ainda hoje, caso entreguem a ata de posse do sindicato, e votar. Três sindicatos estão impossibilitados de participar da votação.

Estimativas

O empresário Edson Cam­pagnolo diz ter assegurado entre 65 e 80 votos. "Claro que existe pressão forte do outro lado. Ainda mais com o uso da influência política. Mas eu estou bastante confiante em alcançar a vitória", afirma. O candidato Ricardo Barros prefere não arriscar quantos votos terá após a abertura das urnas. "Con­tinuo na teoria de que o resultado da eleição só sai depois da votação", despista. Há duas semanas, Barros disse que 31 sindicatos indicaram representantes na sua chapa; 38 estão na chapa de situação; 11 têm representantes em ambos os lados e 19 não estão em nenhuma.

A votação ocorre das 12 às 18 horas, na sede da Fiep em Curitiba (Avenida Cândido de Abreu, no Centro Cívico). O resultado será divulgado logo após o fim da votação. O candidato vencedor assume a presidência no dia 1.º de outubro.

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