O presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, reafirmou nesta quarta-feira (15) que, se o governo decidir prorrogar "ilegalmente" as atuais concessões de energia elétrica, ele vai entrar na Justiça, para contestar a legalidade da medida. "Se eles prorrogarem ilegalmente, vamos buscar no Poder Judiciário o direito de todos os consumidores", declarou Skaf ao final da cerimônia de anúncio do pacote de concessão de rodovias e ferrovias, no Palácio do Planalto.
"É uma pena que eu não veja predisposição do governo para anunciar isso o quanto antes", desabafou Skaf, que esperava que na cerimônia desta quarta-feira a presidente anunciasse os leilões de energia.
Skaf lembrou que o brasileiro paga a terceira conta mais cara do mundo de energia, embora tenha a forma de geração mais barata, por meio de hidrelétricas. Segundo ele, se for feito o leilão, as contas de energia da população seriam reduzidas em pelo menos 20%. "E isso não tem nada a ver com a discussão de redução de impostos", declarou Skaf, referindo-se às propostas em discussão no governo de diminuição de encargos para a redução do preço de energia.
De acordo com Skaf, todo o sistema Eletrobrás quer manter as atuais concessões, assim como os governadores que têm empresas de energia em seus estados. "Mas eles podem entrar, concorrer e ganhar, reduzindo os preços". O presidente da Fiesp elogiou a iniciativa do governo em relação ao pacote de concessões de rodovias e ferrovias. Para ele, "a proposta apresentada é boa de qualquer jeito".
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