O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, defendeu ontem a adoção de uma agenda mínima de projetos no Congresso Nacional, em paralelo ao trabalho das Comissões Parlamentares de Inquérito, que apuram denúncias de corrupção envolvendo estatais. "Contaminação [da economia] significa só ficarmos falando de CPI. A agenda mínima é indispensável porque 180 milhões de brasileiros não devem ficar parados por conta do trabalho de CPIs, embora eles sejam importantes", afirmou.
Entre os projetos prioritários, Skaf citou a lei geral das micro e pequenas empresas, a legislação sobre a compra de pneus usados e a reforma política que possa baratear as campanhas políticas. Para o presidente da Fiesp, as turbulências do cenário político não são empecilho para a redução imediata da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 19,75% ao ano. "O que desaqueceu a economia não foi a crise, mas a política econômica", disse. Segundo Skaf, a redução gradual não afugentaria os investidores estrangeiros e daria fôlego à economia. "Não estamos pregando o corte de juros pela metade, mas o corte de uma maneira responsável", afirmou.