A fila de caminhões na BR-277, com destino ao Porto de Paranaguá, perdurou ontem, com média de 10 quilômetros de extensão e pico de 12. A expectativa de operadores é que ela permaneça ainda por alguns dias, em função de grandes carregamentos que devem ser feitos nos próximos dias. Entre domingo e ontem, houve movimento maior de caminhões de milho, o que contribuiu para a lotação. A alta do dólar nos últimos dias, que ontem fechou o dia a R$ 2,03 após meses de desvalorização, teria motivado exportadores a fecharem mais contratos e a levarem a carga para o porto.
No pátio de triagem havia ontem apenas 150 vagas livres no início da noite, contra 300 do dia anterior. Para tentar reduzir a fila, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) determinou que o corredor de exportação permaneça em funcionamento 24 horas por dia. Mas o movimento deve continuar alto: o porto tinha ontem cerca de 500 mil toneladas armazenadas, mas vai embarcar cerca de 1,5 milhão de tonelada até o fim do mês. Somente ontem, deveriam desatracar dois navios carregados com farelos de soja (capacidade conjunta de 100 mil toneladas) e outro navio com milho (60 mil toneladas). Segundo a Appa, da meia-noite de segunda-feira até o fim da tarde de ontem, cerca de 5 mil caminhões passaram pelo pátio de triagem.
Na noite de segunda-feira, a fila atingiu o ápice, chegando ao quilômetro 21 da BR-277. Em caso de aumento no número de caminhões, a Polícia Rodoviária Federal e a Ecovia, concessionária que administra a rodovia, vão realizar a Operação Safra, para evitar a formação de filas na Serra do Mar. Se for preciso, os caminhoneiros serão parados já no Contorno Leste, em São José dos Pinhais.