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Pós-greve

Filas marcam retorno dos bancários ao trabalho

Fila de clientes em frente a uma agência, no Centro de Curitiba: espera maior foi em bancos estatais, durante a manhã | Antonio More/ Gazeta do Povo
Fila de clientes em frente a uma agência, no Centro de Curitiba: espera maior foi em bancos estatais, durante a manhã (Foto: Antonio More/ Gazeta do Povo)

As longas filas foram o principal transtorno enfrentado ontem por correntistas no primeiro dia de retorno ao trabalho dos bancários de Curitiba, depois do fim da greve nacional na sexta-feira. A espera foi maior especialmente no fim da manhã e em bancos estatais – Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. Na Caixa da Praça Carlos Gomes, por exemplo, a informação era de que o atendimento nos caixas demandava esperas de 45 minutos a uma hora.

Ainda assim, o Procon-PR registrou ontem apenas dois pedidos de orientação sobre o limite para espera de atendimento em instituições financeiras – 20 minutos em dias normais, de acordo com a lei estadual 13.400, de 2001.

Para compensar os 23 dias de greve, bancários terão de trabalhar uma hora a mais até 15 de dezembro. Mas isso não significa que o horário de atendimento será estendido nos bancos. Até agora, apenas a Caixa anunciou que agências funcionarão com horário ampliado – no Paraná, abrirão uma hora mais cedo (das 9 às 16 horas). O Itaú mantém desde março oito agências com horários diferenciados em três bairros de Curitiba (das 9 às 16 horas ou das 11 às 19 horas). HSBC e Bradesco não se manifestaram sobre o assunto.

Segundo o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, a compensação de horas ainda não começou. Apesar de negociada com a Federação Nacional de Bancos (Fenaban), a jornada extra só será definida depois de assinada a convenção coletiva de trabalho. Ainda não há data para a assinatura do acordo, que foi fechado com 8% de reajuste para pisos e salários – 2013 é o 13º ano seguido em que a categoria consegue aumento de salário acima da inflação.

Mobilização

No dia 22, o Ministério Público do Trabalho fará em Curitiba ato para tratar do assédio moral nos bancos. A manifestação faz parte de uma série de atividades que será realizadas no país entre os dias 21 e 25. Na proposta da Fenaban acatada pela categoria na sexta-feira, há um item relacionado ao assunto: gestores ficam proibidos de enviar torpedos aos celulares dos bancários cobrando cumprimento de resultados, em especial nos fins de semana.

Outras categorias

Sem sinal de greve dos transportadores e dos vigilantes

O retorno à normalidade nas agências bancárias aumentou o trabalho de reposição de dinheiro em caixas eletrônicos promovido por transportadores, segundo o Sindicato dos Empregados em Empresas de Transporte de Valores e Escolta Armada do Paraná. Fora isso, o presidente da entidade, Paulo Sérgio Gomes, afirma que as assembleias de negociação da categoria serão marcadas apenas para o início do ano.No fim de janeiro, a classe fez uma greve de seis dias que deixou cerca de 500 agências fechadas em Curitiba. O acordo foi fechado no dissídio de maio, com reajuste pelo INPC e adicional por insalubridade e vale-alimentação. Já os vigilantes fazem a última assembleia regional no dia 22 de novembro, em Curitiba. A categoria espera entrar 2014 com uma proposta pela implantação de programas de participação nos lucros (PPR). A data-base é em fevereiro.

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