Paulo Lago resolveu seguir os passos do pai – o professor Samuel Lago, um dos fundadores do Grupo Positivo que hoje se dedica integralmente à editora Lago, em Campina Grande do Sul – e investir na área literária. Paulo fundou recentemente, em Curitiba, a editora Nossa Cultura, que tem estréia no mercado marcada para esta semana. Após um investimento de R$ 50 mil, uma série de quatro títulos de Rubem Alves será lançada na Fnac, na terça-feira. A grande novidade está no formato dos lançamentos, que estarão disponíveis apenas como audiolivros (gravados em CD). Esta, aliás, é a aposta do empresário. "Queremos levar conteúdo literário às pessoas baseando-nos em outros meios e suportes, como internet, CDs e DVDs", explica. A Nossa Cultura não representa, portanto, uma concorrência em família...

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Paranaenses entre as melhores

Estão no Paraná 91 das 300 maiores empresas do Sul do país. Segundo o ranking elaborado pela Fundação Getúlio Vargas e divulgado pela Revista Expressão, editada em Florianópolis, as líderes somam um patrimônio líquido de R$ 26,83 bilhões. No topo da lista das paranaenses está a Copel Distribuição, cujo lucro em 2004 chegou a R$ 207 milhões. A Coamo figura com o maior índice de vendas (R$ 3,78 bilhões) e a Cimento Rio Branco com o maior lucro (R$ 1,16 bilhão), margem líquida (64,75%) e patrimônio líquido (R$ 4,44 bilhões). Nesta edição do anuário, que é publicado há 12 anos, também se destacam a Klabin, Renault, Sanepar, Cocamar e TIM Sul.

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Hora de investir

A marca de relógios Swatch volta a investir no Brasil. Nos próximos dois anos, a empresa suíça e a brasileira Spherica, que distribui a marca nacionalmente, pretendem dobrar o número de lojas no país e gerar 300 novos postos de trabalho. Para isso, serão investidos ainda esse ano R$ 5 milhões. Parte desses recursos, cerca de R$ 950 mil, serão destinados aos três estados do Sul. Em Curitiba, as três lojas serão reformadas para se adequarem ao padrão mundial. Santa Catarina e Rio Grande do Sul devem receber uma e duas novas unidades, respectivamente. Hoje a Swatch tem 40 lojas no país e outras 460 ao redor do mundo.

Tecnologia no campo

Uma tecnologia que antes só podia ser importada ganha, em breve, sua primeira versão nacional – e 100% paranaense. Trata-se de um computador de bordo para máquinas pulverizadoras de lavoura, criado sob encomenda para a Montana, fábrica de pulverizadoras instalada na região metropolitana de Curitiba. O produto, batizado de Pointer, foi desenvolvido no ano passado pela eSysTech – Embedded Systems Technologies, empresa incubada no Cefet-PR. O computador recebe informações de um satélite e, com base na área em que será feita a aplicação, memoriza os dados e monitora todo o processo, evitando que partes da lavoura fiquem sem aplicação – ou que recebam duas doses de defensivo.

Sem desperdício

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Quem ganha é o produtor, que, além de evitar o desperdício, terá à disposição uma tecnologia mais barata que a importada – que custa cerca de R$ 20 mil, conta o sócio-gerente João Alexandre Góes. A empresa já desenvolveu, entre outros produtos, uma trava antifurto para caminhões, que também pode ser acionada via satélite, e um sistema de controle de bordo para trens e metrôs. O trabalho da eSysTech é sempre fruto de parcerias. Uma delas, com o Grupo Positivo, deu origem ao Network Manager, um sistema de gerenciamento de parques de computadores, já utilizado pelo próprio Positivo e pela Votorantim. Com isso, o faturamento da empresa, de R$ 400 mil em 2004, deve saltar para algo entre R$ 800 mil e R$ 1 milhão este ano.

RH global

A globalização é fato consumado, com exemplos por toda parte. Eis um deles: desde março de 2004, a consultoria especializada em recursos humanos De Bernt Entschev, com sede em Curitiba, participou da caça a oito executivos de diferentes países para trabalhar em multinacionais. O trabalho foi feito em parceria com outras empresas do setor ligadas à AIMS Network, uma espécie de franquia global de RH. A De Bernt é acionada quando um parceiro em um dos 40 países em que a AIMS tem representantes precisa achar um profissional no Brasil ou na Argentina – a consultoria tem laços com o escritório de Buenos Aires. Na mão inversa, a De Bernt pede apoio a firmas em outros locais para achar executivos para seus clientes.

Há vagas

Recentemente, o sistema foi usado na contratação de um profissional chinês para uma empresa brasileira que abria escritório na China. Duas buscas estão sendo realizadas no momento. Uma delas é para preencher uma vaga de alto nível em uma multi canadense que tem operações no Brasil. O ramo de atividade é segredo.

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