![Fim da dívida de Itaipu pode reduzir tarifa da usina para menos da metade em 2023 O diretor-geral brasileiro de Itaipu, general João Francisco Ferreira.](https://media.gazetadopovo.com.br/2021/10/26172508/presidente-itaipu-960x540.jpeg)
A tarifa de Itaipu deve cair já no próximo ano conforme a usina se aproxima da quitação total da sua dívida de construção. A partir de 2023, o montante pode se reduzir a menos da metade do valor atual, calculado em US$ 22,60 por quilowatt. A expectativa da binacional foi detalhada pelo diretor-geral brasileiro de Itaipu, general João Francisco Ferreira, e pelo diretor de coordenação da hidrelétrica, Luiz Felipe Carbonell, em entrevista concedida à imprensa nesta terça-feira (26) em Foz do Iguaçu.
De acordo com Carbonell, estimativas traçadas pela usina são de que a redução da dívida pode fazer com que a tarifa de Itaipu caia US$ 4 em 2022 e derrubá-la para cerca de US$ 10 em 2023. O "encolhimento" do número se explica pelos pagamentos do financiamento - que estão em reta final e representam ⅔ da tarifa. Itaipu começou o ano com saldo da dívida em US$ 2 bilhões e ao longo de 2021 pagará US$ 600 milhões desse total.
O restante, US$ 1,4 bilhão, deve ser integralmente quitado já em 2022, com perspectiva de dívida zerada (ou resto a pagar apenas residual) no ano seguinte. O diretor-geral brasileiro de Itaipu, general João Francisco Ferreira, destacou que é notório que a tarifa cairá à medida que a dívida é encerrada. Ele, entretanto, detalhou que o fim desses pagamentos significará diminuição de custos, e não sobra de dinheiro.
" Temos despesas de exploração que somam o quanto Itaipu precisa para gerar energia. O cálculo é pelo custo. Aí entra pessoal, materiais, serviços, outras despesas e entra, também, a dívida e as amortizações da dívida. Tudo isso é empilhado e vai me dar o cálculo da tarifa, que hoje está em US$ 22,60 por quilowatt [em potência]. No momento em que a dívida desaparecer eu tiro esse bloco da minha conta e o valor será obrigatoriamente menor", resumiu.
Apesar da intenção do Brasil de fazer com que essa queda de custo da energia gerada na fronteira chegue ao valor de venda, Ferreira enfatizou que a diminuição necessariamente depende de aprovação paraguaia e do ok da Aneel. Para valer já em 2022, a eventual redução precisa ser avaliada pela reguladora antes da virada do ano.
A almejada queda na tarifa de geração da binacional pode puxar para baixo o custo da energia brasileira de modo geral, uma vez que, sozinha, Itaipu é responsável por cerca de 10% de toda a eletricidade consumida no país.
-
Lula usa alta do dólar para antecipar jogo eleitoral e minimizar o rombo fiscal
-
Anfavea pede ao governo aumento antecipado de 35% no imposto para importar carros elétricos
-
Roberto Requião é pré-candidato a prefeito de Curitiba na tentativa de voltar à vida pública
-
Quem é o ex-chefe da tropa de elite da PM que integra a pré-campanha de Boulos
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião