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Fim das benesses

 | Antônio More/ Gazeta do Povo
(Foto: Antônio More/ Gazeta do Povo)

O pacote oficial de estímulo às exportações, bem-vindo mas considerado tímido em vários aspectos, não terá qualquer medida adicional até o fim do ano. O aviso veio do próprio ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, após a inauguração da fábrica de motores da FPT, em Campo Largo, na Grande Curitiba. Curiosamente, a unidade, que pretende exportar cerca de 40% da produção nos próximos anos, ocupa o lugar da extinta Tritec Motors, uma empresa 100% exportadora que não resistiu ao fim dos contratos com BMW e Chrysler e à valorização do real – que reduziu a competitividade dos motores brasileiros no mercado internacional.

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Miguel Jorge também sugeriu que empresário nenhum deve esperar por novas rodadas de desonerações tributárias. As últimas medidas nesse sentido foram a prorrogação, até o fim do ano, do IPI reduzido para materiais de construção e veículos comerciais.

Dia feliz antecipado

Algumas entidades paranaenses começaram a vender antecipadamente tíquetes para o McDia Feliz. Juntas, a Associação Paranaense de Apoio à Criança com Neoplasia (APACN) e a Rede Feminina de Combate ao Câncer do Hospital Erasto Gaertner, pretendem vender, até 28 de agosto, mais de 29 mil tíquetes, no valor de R$ 8,50 cada. Em 2009 foram vendidos em Curitiba 22.146 tíquetes antecipados. As verbas foram destinadas à compra de equipamentos da ala pediátrica do Hospital Erasto Gaertner e à ampliação do ambulatório da APACN. O McDia Feliz é promovido todo último sábado de agosto pela rede McDonald’s. Nesse dia, toda a renda obtida com a venda de sanduíches Big Mac é revertida para instituições de caridade.

Sinal positivo

A Positivo Informática foi eleita pela revista norte-americana Bloomberg Businessweek uma das 100 empresas de tecnologia do mundo com melhor performance financeira. Essa é a primeira vez que a companhia, líder no mercado nacional de computadores, entra para o ranking The Bloomberg Businessweek Tech, em 99.º lugar. No total, 6,5 mil empresas com valor de mercado acima de US$ 1 bilhão foram avaliadas. A avaliação levou em conta a comparação dos resultados de 2009 em relação a 2008 nos seguintes quesitos: foram lucro operacional, receita, retorno ao acionista e número de funcionários. A lista completa pode ser acessada no link www.businessweek.com/technology/special_reports/20100520tech_100.htm

Plástico e comida premiados

A Peguform, fabricante de componentes plásticos para a indústria automobilística, foi escolhida pela Volkswagen como a melhor empresa no quesito desenvolvimento de produto. A parceria entre as duas empresas foi estabelecida em 1998 quando a Peguform se instalou em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, onde atualmente fatura 53 milhões de euros. Deste total 50% é decorrente do fornecimento para a VW. O faturamento global do grupo é de 1,2 bilhão de euros. Além da Volks, a Peguform também fornece às unidades brasileiras da Renault e da Nissan.

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Outra empresa com atuação no Paraná que foi reconhecida pela montadora alemã foi a Puras, gigante do setor de alimentação coletiva que atende outros gigantes como CNH, Bosch, Nutrimental, Votorantim, Gerdau, Pepsico, HSBC, Positivo, grupo Iguaçu e, claro, VW. Atualmente a Puras serve aproximadamente 1 milhão de refeições por mês em diversos restaurantes corporativos do estado.

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Há vida após a volta do IPI

Concessionárias de veículos são lugares bem mais calmos desde o fim de março, data do retorno "definitivo" do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Com vendas 20% mais baixas, as revendedoras aproveitam o tempo livre para qualificar seus funcionários e, aos poucos, transformar a cara do mercado. O objetivo é depender menos da venda de veículos novos e ganhar eficiência nos segmentos de seminovos, peças e serviços como seguros, financiamentos, emplacamento e outros. "Ou seja, aqueles que realmente diferenciam uma loja da outra", explicou o diretor regional da Fenabrave (federação que representa o varejo de veículos), Luiz Antônio Sebben (foto), em entrevista ao repórter Fernando Jasper.

Como é a vida após o fim do IPI reduzido?

O mercado hoje é formado principalmente por empresários que precisam renovar suas frotas e por consumidores adeptos da chamada compra consciente, que não priorizam promoções ou condições especiais, que costumam comprar carros de maior valor agregado e pegam financiamentos mais curtos. Mas é também um mercado 20% menor que aquele do IPI reduzido, e deve continuar assim até o fim da Copa do Mundo.

O que as concessionárias têm feito com o tempo livre provocado pela queda das vendas?

Com menos agito dentro das lojas, o momento é de qualificar as equipes. Nas áreas técnicas – o pessoal de mecânica, funilaria, pintura, peças de reposição –, é feita uma atualização de conhecimento das equipes, que também começam a se capacitar para trabalhar nos próximos lançamentos das montadoras. Em todas as áreas, vem sendo feito também o treinamento de relacionamento, onde são tratados temas como trabalho em equipe e contato com o cliente.

Qual o papel da TV Fenabrave nesse processo?

Ela é uma ferramenta de treinamento a distância, com uma programação de cursos para o ano todo. As concessionárias podem juntar seus colaboradores no fim da tarde, por exemplo, para acompanhar os cursos. Que são interativos: perguntas enviadas por telefone ou e-mail são respondidas ao vivo. Hoje há 11 antenas da TV instaladas em quatro cidades do Paraná. Já é a terceira maior rede do país, e o plano é chegar a 50 antenas até dezembro.

Durante os 15 meses de IPI reduzido, as lojas se concentraram ainda mais na venda de carros novos. Esse é o modelo ideal?

Não. Hoje 60% do lucro de uma concessionária vem da venda de novos, 25% de seminovos e 15% da venda de peças e serviços como seguro, financiamento, emplacamento e outros. O que buscamos é algo próximo do padrão norte-americano. Nos Estados Unidos, 35% do lucro vem dos seminovos e 25% de peças ou serviços.

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