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VAREJo

Fim de ano terá mais vagas temporárias. E o salário será maior

O operador de caixa Alex de Deus: “A vontade é de continuar no cargo. Pelo que sinto, há oportunidade para isso” | Elton Damasio/Gazeta do Povo
O operador de caixa Alex de Deus: “A vontade é de continuar no cargo. Pelo que sinto, há oportunidade para isso” (Foto: Elton Damasio/Gazeta do Povo)

A economia aquecida e a carência de funcionários no varejo devem fazer com que o comércio do Paraná abra 9,2 mil vagas temporárias neste trimestre, o que representa uma alta de 31,4% em relação ao número esperado para o mesmo período em 2010.

Em todo o Brasil, devem ser ofertadas 147 mil vagas neste fim de ano, o que representa um aumento de 5% em relação a 2010, de acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem). Do total ofertado, 70% das vagas são para o comércio e 39%, para a indústria.

O movimento de contratações temporárias – comum nesta época do ano, graças à chegada do 13.º salário e às compras de Natal – ganhou força neste ano: a defasagem de mão de obra enfrentada por boa parte do varejo é um estímulo a mais para as empresas abrirem as portas para novos funcionários.

"A demanda por empregados já vem crescendo, sendo que neste ano as lojas estão com seus efetivos cerca de 10% a 15% abaixo do desejado. São funcionários que não têm trabalhado no setor e acabam indo para ramos diversos da prestação de serviços, assim como para a indústria e para a construção civil", diz Antônio Espolador Neto, vice-presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP).

O alto nível de emprego no país – a taxa de desocupação, de 6% em setembro, é a menor da história para o mês – também influencia no quadro, forçando as empresas a cobrir ofertas para conseguir completar seus quadros. "O cenário consolidado neste ano mostra que a situação mudou: é a empresa que está indo atrás do funcionário e não mais o contrário", afirma Danilo Padilha, diretor da As­­serttem no Paraná.

Com isso, aumentam as chances de o empregado ficar na empresa por um tempo maior que os três meses dos contratos temporários, podendo vir a se tornar funcionário efetivo da empresa. Segundo estimativas da Assertem, 29% dos contratos temporários previstos para o país no trimestre deverão ser efetivados – o que resultaria na efetivação de 42,6 mil pessoas.

Alex de Deus está atrás desse objetivo. No início do mês ele foi chamado para uma vaga temporária na função de operador de caixa em um supermercado do Grupo Pão de Açúcar. Agora, espera ter uma chance para continuar no cargo. "A vontade é de continuar no cargo depois de dezembro. É o que eu espero e, pelo que sinto, há oportunidade para isso", diz.

Além da chance de ser efetivado, outro fator que pode servir de estímulo extra a empregados como Alex é o salário. Os números divulgados pela Assertem mostram que a média de remuneração para as vagas temporárias passou de R$ 770 para R$ 843 desde o ano passado – um aumento de 9,5%.

Na oferta de trabalhos temporários, essa questão pode ser determinante no momento em que o candidato escolher a empresa onde vai trabalhar. "Os candidatos sabem que têm opções e que, em um primeiro momento, o trabalho é de curto prazo. Assim, o que vai pesar na busca por um trabalho é o que a organização oferece em torno de remuneração e carga horária, assim como pelos benefícios", diz Padilha.

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