As vendas do comércio varejista registraram queda de 1,3% na passagem de março para abril, segundo levantamento da Serasa. Com o fim da cobrança reduzida do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o movimento nas lojas de veículos, motos e peças teve queda de 8,9%, e pesou sobre o resultado do varejo.
A queda nas vendas, no entanto, foi generalizada: todos os setores tiveram desempenho pior em abril na comparação com o mês anterior. No segmento de material de construção, a queda foi de 2,6%, enquanto no de combustíveis e lubrificantes houve recuo de 2,2%.
Ainda na mesma comparação, as demais quedas foram registradas em supermercados, alimentos e bebidas (1,3%); móveis, eletroeletrônicos e informática (2,2%); e tecidos, vestuário, calçados e acessórios (-1,7%).
"A queda de abril deve ser encarada como um movimento episódico e não como processo de reversão de tendência", diz a Serasa em nota. "A evolução favorável do mercado de trabalho, ampliando a massa real de rendimentos, a presença de condições de crédito ainda bastante atrativas e as promoções do varejo, tendo em vista o Dia das Mães e a proximidade da Copa do Mundo, deverão sustentar o movimento do varejo ao longo dos próximos meses".
Meses de abril
Na comparação com o mês de abril de 2009, o varejo teve alta de 11,1% nas vendas, puxada pelo segmento de veículos, motos e peças, cujo crescimento foi de 19,0%. Em seguida, destacaram-se os setores de móveis, eletroeletrônicos e informática (crescimento de 18,5%) e o de material de construção (variação de 18,4%). Os três setores foram beneficiados por isenções fiscais.