Alguns mitos e mentiras fazem com que os investidores percam oportunidades ou façam escolhas que não estejam adequadas às suas estratégias e objetivos.
Veja a seguir uma relação dos enganos mais comuns e saiba como proteger o seu dinheiro e obter mais ganhos:
As indicações do meu gerente são sempre as melhores opções
Muitas vezes, seguir as sugestões dos gerentes pode ser uma verdadeira furada. Isso porque os funcionários dos bancos oferecem apenas ativos emitidos pela instituição em que trabalham e que, logo, trazem maiores retornos para elas. Além disso, os profissionais possuem metas a serem batidas, fato que os leva a “empurrar” produtos que geralmente não são os melhores para os investidores.
É preciso ter muito dinheiro para investir
Mentira. Com pequenos montantes é possível aplicar em diferentes opções. A partir de R$ 30, os investidores podem entrar no Tesouro Direito, enquanto que a poupança não possui limite inicial. E há ainda fundos de investimentos que possuem cotas a partir dos R$ 1 mil. Mas, neste caso, é necessário observar os custos dos ativos e avaliar se valem a pena.
Imóveis são uma garantia de ganhos futuros
Os imóveis são uma das opções mais conservadoras de investimentos, mas não oferecem uma certeza de ganhos. O desgaste natural dos ativos, que precisam passar por reformas periodicamente, a vacância e a inadimplência são alguns dos fatores que podem afetar os rendimentos. Além disso, as casas e apartamentos são impactos pelo contexto econômico nacional e regional, o que ocasiona oscilações nos preços.
A poupança é o investimento mais seguro do mercado
O investimento favorito dos brasileiros ainda é visto como o mais seguro do país, mas há outras opções que possuem as mesmas garantias e oferecem ganhos muito maiores. Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) e as Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio – as LCIs e as LCAs – são alguns exemplos. Assim como a caderneta, os ativos são protegidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para aplicações de até R$ 250 mil, e podem oferecer ganhos superiores a ela, já que acompanham as variações da taxa básica de juros.
O governo pode dar um calote no Tesouro Direito
Medo comum entre os investidores, o Tesouro Direto é apontado pelos analistas financeiros como a opção mais segura do mercado. A razão para isso é que os papeis da dívida pública são emitidos em moeda local, o que significa que, se for necessário, o estado pode imprimir mais dinheiro para pagar os investidores. Além disso, a estimativa é que o Tesouro represente apenas 1% da dívida brasileira, um volume pequeno em comparação com todo o valor devido pelo estado e que realmente faz a diferença nas contas públicas.
Pior: o governo pode confiscar os meus investimentos
Após o confisco da poupança pelo governo Collor, no início da década de 1990, o governo criou uma série de mecanismos para evitar que isso se repetisse. Além disso, para analistas financeiros não há interesse do estado em “tomar” as aplicações dos brasileiros, já que isso geraria insegurança no mercado e fuga de capitais estrangeiros, o que teria um efeito ainda pior sobre a economia.
Títulos de capitalização são uma alternativa para ganhar dinheiro
Não é bem assim. A baixa rentabilidade, a incidência de taxas de administração e as punições para resgates antes do prazo fazem com que os títulos entreguem resultados abaixo da poupança ou até mesmo negativos para os aplicadores. Embora seja um atrativo para os investidores, o sorteio de prêmios em dinheiro torna o produto mais próximo de uma loteria do que de um investimento.
Ganhos passados são garantia de rendimentos futuros
Acreditar que o bom desempenho de um ativo se repetirá no futuro é um erro, porque não há como prever como estará a economia nos próximos anos. Nas ações e outros ativos de renda variável, as empresas ou setores de atuação são afetados por mudanças de gestão, de legislação, de tecnologia e de comportamento dos consumidores, o que influencia os ganhos. Já nos ativos de renda fixa, isso ocorre porque os indicadores de referência, principalmente a taxa de juros, mudam conforme o tempo, o que afeta os retornos de longo prazo.
A Bolsa é um cassino
Investir em ações não é uma questão de sorte. Entrar no mercado de renda variável exige preparo e estudo sobre as empresas e os setores em que se está aplicando. Deve-se também considerar o contexto econômico local e global e como isso afeta o rendimento dos papeis. Além disso, é fundamental ter uma estratégia de ganhos e não colocar todas as economias na Bolsa.