Depois de colocar as contas em dia e organizar seus investimentos, o último passo para manter uma boa vida financeira é se adaptar às mudanças que ocorrem ao longo dos anos. Para isso, é preciso manter um acompanhamento para planejar a longo prazo, poupar dinheiro para grandes planos ou mudanças futuras e se preparar para fatalidades ou a aposentadoria.
Em uma frente, você precisa reavaliar sua carteira de investimentos de tempos em tempos. É normal, por exemplo, que aceitemos riscos maiores quando somos mais jovens. Em outras situações, como quando fazemos planos para a compra da casa própria, o ideal é optar por formas mais conservadoras de poupança.
PREVIDÊNCIA: Veja os tipos e a tributação
Para lidar com o longo prazo, um dos instrumentos mais úteis é a previdência privada, procurada por quem deseja ter sossego após cumprir sua missão como trabalhador. Quanto antes for pensado em aderir a um plano, melhor, já que ela se baseia nos rendimentos dos juros compostos ao longo dos anos para garantir uma poupança para a aposentadoria.
Eduardo Mota, gerente na Quanta Previdência Unicred, diz que investir em previdência é benéfico para todas as idades. “Quanto mais jovem, melhor”. O plano vale também como uma forma de diversificar os investimentos. Já para os pais que desejam poupar para os filhos – para educação e intercâmbio, por exemplo – ele alerta: “vale analisar em relação ao Imposto de Renda. Se o tempo de formação de saldo for curto, uma poupança ou CDB podem ser mais vantajosos”.
Os planos de previdência complementar são uma boa opção para facilitar o apoio a familiares em caso de falecimento, pois não passam por inventário, o que permite que qualquer pessoa seja beneficiária. Se o dependente for menor de idade, é possível solicitar judicialmente o saque do saldo da previdência (desde que a necessidade seja comprovada) ou então deixar o valor rendendo até a maioridade.
Outra opção que precisa estar no radar é o seguro de vida. “É uma alternativa para proteger o padrão de vida dos dependentes”, diz Mota. Ou seja, vale a pena para quem tem qualquer dependente financeiro. Segundo o gerente de previdência, caso a pessoa adquira cobertura voltada para invalidez, vale a pena fazer o contrato de imediato.
Seguros
Para os bens de valor adquiridos, é preciso sempre analisar a necessidade do seguro. Segundo Mota, a medida é recomendável para os de valor maior, como casa e apartamento. Já para valores menores, como motos ou smartphone, o seguro pode ser muito alto em relação ao próprio bem. “Poupar um pequeno valor de maneira própria, em RDC [investimento em cooperativas parecido com o CDB] por exemplo, pode ser mais inteligente”, assegura.