Após planejar as finanças diárias, é preciso assegurar de que tudo vai continuar bem| Foto: /Foto: Bigstock

Depois de colocar as contas em dia e organizar seus investimentos, o último passo para manter uma boa vida financeira é se adaptar às mudanças que ocorrem ao longo dos anos. Para isso, é preciso manter um acompanhamento para planejar a longo prazo, poupar dinheiro para grandes planos ou mudanças futuras e se preparar para fatalidades ou a aposentadoria.

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Em uma frente, você precisa reavaliar sua carteira de investimentos de tempos em tempos. É normal, por exemplo, que aceitemos riscos maiores quando somos mais jovens. Em outras situações, como quando fazemos planos para a compra da casa própria, o ideal é optar por formas mais conservadoras de poupança.

PREVIDÊNCIA: Veja os tipos e a tributação

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Para lidar com o longo prazo, um dos instrumentos mais úteis é a previdência privada, procurada por quem deseja ter sossego após cumprir sua missão como trabalhador. Quanto antes for pensado em aderir a um plano, melhor, já que ela se baseia nos rendimentos dos juros compostos ao longo dos anos para garantir uma poupança para a aposentadoria.

Eduardo Mota, gerente na Quanta Previdência Unicred, diz que investir em previdência é benéfico para todas as idades. “Quanto mais jovem, melhor”. O plano vale também como uma forma de diversificar os investimentos. Já para os pais que desejam poupar para os filhos – para educação e intercâmbio, por exemplo – ele alerta: “vale analisar em relação ao Imposto de Renda. Se o tempo de formação de saldo for curto, uma poupança ou CDB podem ser mais vantajosos”.

Os planos de previdência complementar são uma boa opção para facilitar o apoio a familiares em caso de falecimento, pois não passam por inventário, o que permite que qualquer pessoa seja beneficiária. Se o dependente for menor de idade, é possível solicitar judicialmente o saque do saldo da previdência (desde que a necessidade seja comprovada) ou então deixar o valor rendendo até a maioridade.

Outra opção que precisa estar no radar é o seguro de vida. “É uma alternativa para proteger o padrão de vida dos dependentes”, diz Mota. Ou seja, vale a pena para quem tem qualquer dependente financeiro. Segundo o gerente de previdência, caso a pessoa adquira cobertura voltada para invalidez, vale a pena fazer o contrato de imediato.

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Seguros

Para os bens de valor adquiridos, é preciso sempre analisar a necessidade do seguro. Segundo Mota, a medida é recomendável para os de valor maior, como casa e apartamento. Já para valores menores, como motos ou smartphone, o seguro pode ser muito alto em relação ao próprio bem. “Poupar um pequeno valor de maneira própria, em RDC [investimento em cooperativas parecido com o CDB] por exemplo, pode ser mais inteligente”, assegura.

Para não errar na previdência

Ao fazer a adesão ao plano de previdência privada, é preciso optar entre duas modalidades, que variam por causa da tributação. Preste atenção às taxas cobradas pelos gestores dos planos para garantir um rendimento melhor no longo prazo e se certifique de que escolheu o modelo de aplicação que se encaixa no seu perfil – como em outros investimentos, é possível ir de um modelo conservador a um agressivo.Veja as modalidades e a forma de tributação.

Planos

PGBL

Indicado para as pessoas que fazem a declaração do Imposto de Renda no formato completo, por permitir dedução de até 12% em relação à renda bruta anual. Isso faz com que a base para o cálculo do imposto seja menor, beneficiando o participante. No fim do plano, o IR incide sobre todo o saldo.

VGBL

É o mais adequado para quem não declara o IR ou faz isso no formato simplificado. Ele não permite a dedução do Imposto de Renda, porém, a tributação no momento do resgate ou da aposentadoria é auferida apenas sobre os rendimentos, e não sobre o saldo total.

Tributação

Progressiva

Funciona como o pagamento do Imposto de Renda sobre os salários: aumenta de acordo com o valor recebido mensalmente até o limite de 27,5%. Só vale esta alternativa se você acreditar que terá uma renda baixa na aposentadoria e não for sacar o saldo da previdência de uma só vez.

Regressiva

Nesta modalidade, a alíquota de IR cai com o passar do tempo. Começa em 30% nos primeiros dois anos dos depósitos e cai a 10% a partir do décimo ano. Para o cálculo, vale a data do aporte. Por isso, é preciso planejar bem o momento de parar de contribuir e a hora de sacar o total depositado ou pedir o benefício de renda vitalícia.