O governo federal vai elevar a partir da terça-feira (3) o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) cobrado na compra de moedas estrangeiras em espécie. A alíquota passa de 0,38% para 1,1%, elevando o custo de aquisição de moeda em casas de câmbio no Brasil.
O IOF é cobrado em todas as operações de câmbio acessíveis para turistas que viajam ao exterior. A alíquota é de 6,38% para compras com cartão de crédito e aquisição de moeda em cheques de viagem e cartões pré-pagos. A compra de dinheiro em espécie ainda é a forma mais barata de pagar gastos no exterior, mas, com a mudança, o governo reduz a diferença entre as duas alíquotas.
A alta de imposto publicada nesta segunda no Diário Oficial segue um processo que começou em 2013, quando foi elevado o imposto para cartões e cheques de viagem para 6,38%. Na época, o governo monitorava o aumento nos gastos de turistas brasileiros no exterior, que contribuía para a elevação do déficit externo do país.
Agora, o aumento no IOF parece ter um objetivo apenas arrecadatório, já que os gastos de brasileiros no exterior estão em queda e o déficit externo vem caindo nos últimos meses. Com a mudança, o imposto a ser pago na aquisição de US$ 1 mil passa de cerca de R$ 14 para R$ 40. O mesmo gasto feito com cartão de crédito terá IOF de R$ 232.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”