Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Dinheiro

Os investimentos preferidos dos especuladores financeiros

 | YASUYOSHI CHIBA/afp
(Foto: YASUYOSHI CHIBA/afp)

Os contratos futuros de moedas se tornaram os queridinhos dos investidores que trabalham com ganhos de curtíssimo prazo por meio da especulação financeira.

Leia mais notícias sobre Finanças Pessoais

Com tíquete inicial de cerca de R$ 2,5 mil e baixo custo de corretagem – valor pago para que as corretoras realizem as compras e vendas –, os contratos de mini dólar oferecem ganhos de até 70% no dia e perdas em torno dos R$ 400, que são consideradas baixas pelo mercado, afirma o sócio-fundador do Grupo L&S, Alexandre Wolwacz.

Com a ajuda dele, listamos os quatro investimentos favoritos dos especuladores brasileiros que atuam como pessoa física para o ganho no curto prazo.

Derivativos cambiais

A queda nos preços para a compra dos contratos de dólar futuro e a facilidade para a leitura dos gráficos de variação cambial são as duas principais razões que contribuíram para o aumento dos derivativos, considera Wolwacz.

“A maior parte das corretoras passou a promover ferramentas de operação para os contratos de mini dólar por considerá-los atraentes aos investidores. E esse movimento fez com que muitos traders migrassem para eles.”

O analista conta que as variações médias dos contratos são de até 40 pontos ao dia, o que representa ganhos (ou perdas) próximas de R$ 400.

Contratos de mini índice

Os contratos futuros de índices negociados pela Bovespa atraem os investidores pelos mesmos motivos que os derivativos cambiais: a menor margem necessária para a compra dos ativos, os custos acessíveis para operá-los e a facilidade de leitura dos gráficos, conta o sócio-fundador da L&S.

Hoje, o contrato mais negociado é o atrelado ao Ibovespa e possui tíquete inicial em torno dos R$ 3 mil. Cada variação nos pontos equivale a R$ 0,20 para mais ou para menos.

Vendas de opções

Nos últimos anos, as opções em ações – venda no mercado futuro de papéis de empresas negociadas na Bolsa – foram as formas recorridas pelos investidores para ganhos de curtíssimo prazo.

Entretanto, o analista explica que a tendência de alta do mercado e a baixa liquidez dos papéis fizeram com que os ativos perdessem espaço .

“Os traders que trabalhavam com especulação e retorno no curto prazo passaram a se sentir mais seguros com os contratos de dólar e de índice. Agora, muitas pessoas estão usando as opções mais como uma forma de proteger as suas posições”, declara Wolwacz.

Nas opções, o aplicador ganha a preferência na compra das ações conforme o preço combinado na hora do fechamento do contrato de compra, o que o protege de possíveis oscilações e perdas no mercado.

Vendas a descoberto

As vendas a descoberto ocorrem por meio do aluguel de ações. Nelas, os traders adquirem o direito de usufruir dos ganhos de um determinado papel e acabam ganhando nas operações de compra e venda a outras pessoas no mesmo dia (intraday).

Por meio do aluguel, o aplicador tem o compromisso de fazer a recompra futura do ativo.

Logo, se o papel se desvaloriza, o investidor ganha na diferença. “Se eu vendo uma ação da Gerdau por R$ 8,66 e a recompro no fim do dia por R$ 8,56, eu ganho R$ 0,10 com a opção. Por isso, a venda a descoberto é normal quando se acredita que as ações irão cair”, explica ele.

Entretanto, a tendência de alta observada na Bovespa afastou os investidores desse tipo de investimento nos últimos meses.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.