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Investimentos

Prazos e metas definem o planejamento

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As estratégias necessárias para criar um planejamento financeiro dependem dos prazos estabelecidos para cada meta.

Na opinião de profissionais da área financeira, os objetivos mais curtos, como a criação de um colchão para emergências, passam por investimentos conservadores e com maior liquidez.

Já para o médio e longo prazo, como a compra de um carro, de uma casa ou para montar a aposentadoria complementar, pode-se sofisticar as escolhas e investir em produtos que fogem do tradicional.

Antes de mais nada, o aplicador precisa colocar as contas no papel e ter o controle dos gastos e fontes de renda. O segundo passo para o planejamento, na opinião do consultor e autor do livro “Investir Cada Vez Melhor”, Marcelo Montandon Júnior, consiste em conhecer o próprio perfil, que envolve idade, patrimônio e grau de aversão ao risco.

“Quando se tem 44 anos, é possível assumir mais riscos do que aos 65, por exemplo. Fora isso, é preciso entender se você é do tipo conservador, moderado ou arrojado, e quanto dinheiro tem para investir. Quanto maior é o patrimônio, menor é a necessidade de risco”, resume.

Curto e médio prazos

Para Montandon, o poupador deve começar pela reserva de emergência, que precisa somar a renda de seis meses a um ano de vencimentos. O foco dos investimentos deve ser as aplicações com possibilidade de saque a qualquer momento. O rendimento, por sua vez, tem de ficar acima da inflação.

Entre as opções disponíveis hoje estão os produtos de renda fixa, que estão atrelados à taxa de juros, além de oferecer menos riscos.

Uma dessas opções são os fundos de investimentos oferecidos por bancos e corretoras. Entretanto, para não comprometer o rendimento futuro, o consultor aconselha que os investidores fiquem atentos às taxas de administração, que devem ficar abaixo de 1%.

Montandon recomenda também que os poupadores considerem os títulos do Tesouro Direto ligados à Selic e os Créditos de Depósito Bancário (CDB), que dão retornos muito próximos da taxa de juros. Em todos os casos, o consultor afirma que é preciso ter disciplina e fazer aportes mensais entre 20% e 30% da renda mensal.

Por sua vez, as aplicações de médio prazo devem visar de um a cinco anos, o que abre portas para investimentos com menor liquidez e maior rentabilidade. O diretor financeiro do Bancoob, Ricardo Simone, aponta as Letras de Crédito Agrário (LCA) e o Recibo de Depósito Cooperativo (RDC) – equivalente ao CDB das cooperativas de crédito – como duas possíveis alternativas.

Os produtos são respaldados pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que estorna até R$ 250 mil investidos em caso de quebra da instituição emissora. E, dependendo do dinheiro investido, podem dar lucros acima da Selic. Assim como o CDB, o RDC tem incidência do Imposto de Renda regressivo, o que torna o saque mais interessante após dois anos. Já a LCA tem a vantagem de ser isenta do IR.

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