Investir na formação profissional é uma das formas mais recorrentes de se conseguir maiores salários ou abrir portas para novas oportunidades. Mas, devido aos custos envolvidos, a realização de um MBA ou de uma pós-graduação exige um planejamento financeiro prévio para não comprometer o orçamento.
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Os preços dos cursos variam conforme a universidade, indo de R$ 12,5 mil a R$ 40 mil. Entretanto, há outros gastos que devem ser somados aos custos, como transporte, estacionamento, livros e alimentação. Para quem não pode comprometer a renda familiar com as mensalidades, o planejador financeiro Valter Police Jr. sugere uma programação que leve em conta o tempo e os investimentos necessários para se obter a totalidade do valor do curso. “Com todo o dinheiro, você consegue negociar o pagamento à vista e reduzir os riscos de ter de deixá-lo por falta de dinheiro”, afirma. Já para aqueles que têm condições de fazer os pagamentos mensais, Police aconselha o incremento das reservas de emergência. “Neste caso, o ideal é fazer uma reserva mais gorda que considere o investimento para evitar problemas financeiros por oscilações de renda.”
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Entre as aplicações mais sugeridas para captar o valor necessário estão os de renda fixa, que possuem baixo risco e lucros atrelados à taxa básica de juros (Selic), hoje em 14,25%. Para a planejadora financeira da Prasice Capital Licelys Marques, os investimentos recomendados neste caso são os títulos do Tesouro Direto Selic e os Créditos de Depósito Bancário (CDB) com rendimentos acima dos 100% da taxa DI, indicador que acompanha a Selic. Além disso, é importante procurar opções de alta liquidez, ou seja, que sejam fáceis de serem sacadas.
Licelys calcula que para os profissionais que tiverem a capacidade de economizar R$ 500 por mês e pretendam fazer um curso de R$ 20 mil, serão necessários 34 meses em investimentos com rendimento mensal médio de 1% para alcançar o valor.
No entanto, em vez de quitar o valor integral do curso, o investidor pode ainda manter o dinheiro na aplicação para render juros. Se retirar R$ 833 todos os meses, ao fim de dois anos ele ainda terá cerca de R$ 2,7 mil. Os cálculos, porém, não consideram os descontos com Imposto de Renda e taxas de administração.
O IR tem cobrança regressiva de 22,5% (seis meses) a 15% (acima de dois anos) para ambas as aplicações. Os Títulos do Tesouro têm ainda cobrança de 0,3% ao ano sobre os rendimentos de taxa de custódia e custos que vão até 2% sobre os rendimentos. Algumas corretoras também cobram a transferência bancária. Já os CDBs possuem taxas de administração que variam conforme o banco, mas as maiores rentabilidade costumam estar associadas a aplicações mais volumosas e carências mais longas.