O cartão de crédito é um recurso que, se usado de forma consciente, pode ser um instrumento que trabalhe em favor do orçamento familiar. Mas existem alguns erros recorrentes que são capazes de tornar a ferramenta em um vilão do endividamento. Abaixo, conheça os principais “ciladas” e saiba como fugir delas.
Pagar apenas o mínimo
Ao pagar a fatura mínima do cartão de crédito, o usuário está na verdade entrando no temido rotativo do cartão. Na prática, isso significa que se o consumidor ficou devendo R$ 70 de um total de R$ 100 da fatura, no próximo mês ele terá de arcar com o pagamento do valor faltante, multas por atrasado, que custam em média 1% ao mês, e mais os juros, que são os mais altos do mercado. Em julho, as taxas da modalidade ficaram em 15,22% ao mês, o que corresponde a 447,44% ao ano. Com essas taxas os R$ 70 se tornam mais de R$ 80 no mês seguinte.
Saiba como fugir das tarifas bancárias e taxas de cartões
Encarar o cartão como uma “renda extra”
Ao encarar o instrumento como uma espécie de “crédito” para custos inesperados, o proprietário do cartão estará, na verdade, jogando os seus gastos para frente, o que tende a aumentar as dívidas e piorar as contas no futuro.
Não acompanhar as parcelas
Um dos riscos escondidos no uso do cartão é não acompanhar os valores das parcelas acumuladas ao longo dos meses, o que resulta em custos altos e na impossibilidade de pagamento futuro.
Logo, ao fazer uma compra de R$ 200 parcelada em quatro vezes, o consumidor terá de desembolsar R$ 50 durante quatro meses para quitar a dívida. Entretanto, se o cartão já possui outras três compras no mesmo valor divididas em um número igual de parcelas, na próxima fatura o consumidor terá de pagar R$ 150 no crédito.
Para evitar cair no efeito bola de neve é importante acompanhar a fatura mensalmente por meio de aplicativos ou na ponta do lápis, além de saber a capacidade de endividamento mensal antes de fazer novas compras a prazo.
Os benefícios compensam o valor da taxa do seu cartão?
Ter mais cartões que o necessário
Ao possuir mais de um cartão, o usuário aumenta as chances de assumir dívidas que não poderá quitar, já que eleva as chances de perder o controle das contas, que acabam se pulverizando. Além disso, ter diversos cartões aumenta os gastos com anuidade para manutenção dos serviços, o que compromete o orçamento mensal.
Desconhecer as taxas cobradas
A anuidade nem sempre é a única taxa que incide sobre esses instrumentos, já que, para realizar algumas operações, as empresas podem fazer cobranças que podem ser evitadas pelos clientes. Além da taxa de manutenção, as operadoras estão autorizadas a cobrar pelo agendamento do pagamento de contas no crédito, o saque em caixas eletrônicos e o pedido de urgência para o aumento do limite do crédito.
Não pesquisar opções fora do seu banco
Por comodismo, muitos consumidores adquirem cartões de crédito em suas próprias instituições financeiras. No entanto, nada impede que eles busquem outras opções com anuidades menores (ou mesmo a isenção delas) e maiores vantagens. Entre as opções de empresas estão não apenas bancos concorrentes, mas também seguradoras e fintechs, a exemplo do Nubank.
Deixar de aproveitar os programas de milhas
Para quem usa com frequência o cartão de crédito, os programas de milhagem são uma forma de aproveitar descontos em viagens aéreas e em compras em empresas conveniadas. Estar atento à quantidade de milhas acumuladas e ao prazo de vencimento delas pode evitar a perda dos pontos e ajudam a aproveitar oportunidades de compras.
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