A fintech Magnetis Investimentos lançou fundos próprios nesta quinta-feira (19), acompanhados de uma novidade: a redução da aplicação mínima em suas carteiras de R$ 10 mil para R$ 1 mil. A ideia é não só atrair novos investidores, mas permitir que eles montem, logo de cara, uma carteira diversificada – algo que, a empresa acredita, nem todos os concorrentes desse mercado acirrado dos investimentos digitais oferece. Novos e antigos clientes terão o benefício da isenção da taxa de consultoria para os primeiros R$ 5 mil aplicados.
O CEO da empresa, Luciano Tavares, explica que desde a sua fundação, em 2015, a missão da Magnetis é levar investimentos diversificados e sofisticados a todos os tipos de clientes. “Mas, na prática, percebemos que muitos clientes acabavam ficando de fora pelo alto valor da primeira aplicação. Eles não queriam começar a testar os nossos serviços por esse montante. Com a redução para R$ 1 mil, esperamos que mais pessoas tenham acesso à Magnetis”.
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A empresa se apresenta como a primeira fintech de investimento do Brasil e também pioneira no serviço de consultoria automatizada de investimentos. A criação dos fundos próprios tem a ver também com a intenção de adequar melhor as sugestões dos algoritmos da Magnetis aos perfis dos clientes. “Muitas vezes, nosso modelo indicava um tipo de investimento que o cliente não conseguia contemplar pela limitação da primeira aplicação. Há alguns meses começamos a estudar a possibilidade de criar uma estrutura de fundos de investimento para permitir o acesso às mesmas aplicações, mas com mais flexibilidade em relação ao investimento mínimo, e de forma mais próxima ao que é sugerido pelo nosso modelo. Lançamos três categorias de fundos: renda fixa, multimercados e ações”, explica Tavares.
Os fundos Magnetis Diversificação em Renda Fixa, Magnetis Diversificação em Multimercados e Magnetis Diversificação em Ações têm em sua composição os melhores investimentos selecionados pelo algoritmos para Magnetis para cada classe de ativos.
Clientes com carteiras acima de R$ 10 mil continuarão a investir em renda fixa também diretamente via títulos privados de renda fixa, como CDBs e LCIs, mantendo o benefício da proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
Magnetis quer atingir R$ 1 bilhão em ativos sob sua gestão em 2019
Embora não revele números sobre patrimônio e clientes, a Magnetis acredita que essa mudança pode ajudá-la a atingir a meta ousada de R$ 1 bilhão em ativos sobre sua gestão até 2019. Embora nem todo cliente que consulte a fintech efetivamente invista com ela, a Magnetis também informa que mais de 100 mil pessoas já fizeram planos de investimentos na sua plataforma e que em 2017 a base de clientes cresceu quatro vezes.
Tavares diz que a empresa já passou por “algumas” rodadas de investimento e que sempre aplica esses recursos em tecnologia e desenvolvimento de serviço. Embora não se saiba ao certo os valores, a Magnetis recebeu investimentos de fundos como o MonaShees (mesmo a investir na 99), Red Point Ventures (que também investiu na Olist e na Creditas) e Vostok Emerging Finance (que apostou também na Creditas e no GuiaBolso). “Não temos ator da Globo fazendo uma propaganda nossa, mas preferimos investir esses recursos na melhoria dos serviços e a criação dos fundos e a redução da aplicação inicial fazem parte disso”, diz ele.
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