A variação de 0,43% do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da segunda prévia de agosto (últimos 30 dias terminados em 15 de agosto) foi a mais expressiva na capital paulista desde a segunda prévia de fevereiro (30 dias encerrados em 15 de fevereiro), quando o indicador apresentou taxa de 0,45%, conforme a série histórica Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O principal fator para a inflação mostrar este resultado mais alto foi o comportamento do item Energia Elétrica, que subiu 7,02% ante variação de 3,92% da primeira quadrissemana de agosto (30 dias terminados no dia 7) e respondeu sozinho por 0,29 ponto porcentual (67,85%) de todo o IPC calculado.
Esse item levou o grupo Habitação para uma elevação de 0,94% na segunda quadrissemana ante avanço de 0,55% da primeira medição do mês. A variação fez o grupo representar 0,31 ponto porcentual (72,11%) de toda a inflação da capital paulista e foi a mais significativa para a Habitação desde a terceira quadrissemana de setembro do ano passado (0,97%).
Em agosto, a Energia Elétrica, conforme previsão da Fipe e dos economistas do mercado financeiro, será o principal fator de pressão para o IPC. Apesar de a Eletropaulo ter reajustado em 12 96% as contas de energia elétrica dos consumidores residenciais e pequeno comércio da Região Metropolitana de São Paulo no dia 4 de julho, o IPC deve captar o maior impacto deste ajuste apenas um mês depois.
Tudo porque os aumentos de tarifas públicas são calculados pelo instituto somente quando os consumidores recebem a conta em casa para o pagamento do serviço. Como a entrega das contas com o reajuste é feita de maneira gradual e os vencimentos são diferentes, a tendência é de o IPC captar pressões maiores para o grupo e, consequentemente, para o índice geral na medida em que avançar o período.