A Influenza A (H1N1), a chamada gripe suína, parece ter chegado à inflação. É o que avalia o coordenador da Pesquisa de Preços da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Antonio Evaldo Comune. Segundo ele, o item Viagem (Excursão) representou a segunda maior queda do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com uma variação negativa de 2,30%, o que significou uma contribuição negativa de 5,65% para o indicador de 0,33% em julho na capital paulista.
De acordo com Comune, a inflação teria sido 5% maior do que o índice divulgado, se não fossem os cancelamentos de viagens e excursões. Segundo ele, o maior número de cancelamentos deste serviço tinha como destino as Serras Gaúchas, no Rio Grande do Sul, Estado brasileiro que vem registrando vários casos da nova gripe.
Em decorrência dos cancelamentos, o item Despesas Pessoais fechou o mês passado com uma variação de 0,01%, ante uma alta de 0,21% registrada em junho. Também contribuíram para a desaceleração do grupo a queda de 0,21% no subgrupo Fumos e Bebidas. Neste caso, já havia sido registrada uma baixa de 0,15% para o segmento em junho.
Energia
Em agosto, a conta de luz deverá sofrer um aumento de 9%, no âmbito do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da cidade de São Paulo, segundo previsão Comune. Além da influência do aumento contratual autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no final de junho - que elevou a conta para o consumidor em 12,96% desde o dia 4 de julho -, a tarifa sofrerá uma pressão por conta da recomposição fiscal, que elevará a alíquota do PIS/Cofins que incide sobre a energia elétrica na Região Metropolitana de São Paulo
Em julho, o item Energia Elétrica apresentou alta de 1,38% na pesquisa da Fipe, depois de ter caído 1,60% em junho. Este aumento fez com que o serviço ocupasse o topo das maiores altas dentro do IPC do mês passado. A contribuição do aumento para a composição do índice geral de inflação na capital paulista foi de 17,54%.