A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) informou nesta segunda-feira que a relação entre o preço médio do etanol e o valor médio da gasolina desacelerou para 70,82% na terceira semana de setembro, ante os 71,36% na semana anterior, na capital paulista. De acordo com a Fipe, o movimento foi sutil. Com isso, os consumidores cujos veículos não estejam com o motor bem regulado é mais vantajoso optar pela gasolina. "A relação entre etanol e gasolina andou de lado", comentou o coordenador-adjunto do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), Rafael Costa Lima.

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De acordo com especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do motor ao etanol é de 70% do poder dos motores a gasolina.

Na cidade de São Paulo, na terceira quadrissemana do mês (30 dias encerrados em 22 de setembro), os preços do álcool subiram 3,77%, dentro do IPC, avançando comparativamente à variação de 3 06% na leitura anterior. O item ocupou a quarta posição no ranking dos aumentos que mais contribuíram com o IPC geral de 0 22%, com participação de 11,96%. "A pressão (sobre o etanol) no final do ano não deve aumentar, pois a demanda já está caindo e, com isso, pode ser que os preços não subam tanto mais", comentou Lima.

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Quanto à gasolina, os preços também ganharam força, com alta de 0,49%, ante 0,23% no levantamento anterior. Ambos, etanol e gasolina, contribuíram para a inflação de 0,11% no grupo Transportes.