As empresas brasileiras vão enfrentar um cenário desafiador em 2014 devido à desacelaração econômica do País, segundo relatório divulgado nesta terça-feira, 22, pela agência de classificação de risco Fitch Ratings. A Fitch projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil crescerá 1,9% este ano e 2,5% em 2015, ante um crescimento médio de 4,3% entre 2007 e 2011.
"Apesar de esses níveis de crescimento serem anêmicos em relação aos anos anteriores, as 25 maiores empresas avaliadas pela Fitch estão, em geral, bem posicionadas para resistirem à desaceleração da demanda, devido aos seus fortes perfis de liquidez", afirma Mauro Storino, diretor sênior da agência.
O relatório aponta que a qualidade do crédito em geral das companhias brasileiras melhorou nos últimos 12 meses, com mais da metade delas tendo ações positivas de rating, enquanto somente 16% sofreram ações negativas. A Fitch espera um número maior de emissões neste primeiro semestre do ano, na medida em que as empresas fortalecem seus balanços patrimoniais antes da eleição.
A agência também prevê uma performance mais fraca do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na concessão de financiamento de longo prazo, que deve ser destinado principalmente a projetos de infraestrutura.
O relatório ressalta ainda que quase 30% das 25 maiores empresas brasileiras estão no setor energético, "que está em um cenário difícil devido às baixas condições hidrológicas".
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