A agência de classificação de riscoFitch Ratings afirmou que o governo de Dilma Roussef tem apresentado sinais de maior controle fiscal, o que, junto com as perspectivas de crescimento saudável da economia, deverá permitir uma redução da dívida geral do Brasil. O comentário foi feito no comunicado em que a Fitch elevou os ratings (classificações de risco) do País, de BBB- para BBB, com perspectiva estável. Quanto maior a classificação, melhor.
A Fitch informou que seu cenário base assume que o aperto das políticas macroeconômicas atualmente em curso no Brasil permitirá uma "aterrissagem" suave no crescimento da economia brasileira para cerca de 4% em 2011. No ano passado, observou a Fitch, a economia brasileira se expandiu a taxas historicamente altas, com o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) atingindo 7 5%.
"A trajetória de crescimento do Brasil no médio prazo provavelmente permanecerá relativamente robusta devido à dinâmica da demanda doméstica, que é sustentada pela diversidade econômica, pela grande e crescente classe média e pelo ciclo positivo de investimento do País", afirmou Shelly Shetty, diretora sênior e chefe de ratings soberanos da América Latina na Fitch.
A Fitch comentou também que a posição de liquidez do Brasil se fortaleceu desde a crise de crédito global e observou que as reservas internacionais do País somam, atualmente, mais de US$ 300 bilhões. "O Brasil permanece como um dos mais fortes credores soberanos externos líquidos na categoria BBB", afirmou a Fitch.
O anúncio do novo governo de cortes de gastos em 2011 e o modesto aumento no salário mínimo, bem como a firme redução nos empréstimos do Tesouro para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) dão suporte para uma melhora gradual na posição fiscal geral do país, acrescentou a Fitch.
A agência observou ainda que os desafios macroeconômicos para o Brasil no curto prazo incluem combater a inflação, trazer o nível dos preços para o ponto médio do intervalo da meta e reduzir o ritmo de crescimento do crédito. Segundo Shetty, um aperto mais rápido da política fiscal vai melhorar o mix da política monetária fiscal, no geral, e aliviar a valorização da moeda local e a pressão de alta sobre as taxas de juros, embora outras medidas possam ser exigidas para desacelerar o ritmo de crescimento do crédito privado para um nível mais sustentável.
Derrapagens potenciais das políticas e uma aterrissagem difícil permanecem como riscos para o País, declarou a Fitch. A agência destacou, no entanto, que espera que eles seja contidos e moderados, tendo em vista que a economia se reequilibra gradualmente e a expansão do crédito diminui. A Fitch acredita que, apesar do fortalecimento que o governo de Dilma Rousseff ganhou no Congresso, os progressos nas reformas econômicas deverão ser graduais.
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