O dólar terminou em leve queda ante o real nesta quinta-feira, influenciado por ingresso de recursos no mercado local e acompanhando a desvalorização global da moeda norte-americana, depois de mais um dia de volatilidade nos mercados.
A divisa norte-americana caiu 0,11 por cento, a 1,844 real na venda, depois de recuar 0,70 por cento na mínima da sessão e avançar 0,33 por cento na máxima.
"A volatilidade presente nos mercados internacionais influenciou bastante o movimento do dólar aqui. À tarde, oscilações menores da moeda no exterior permitiram um pouco de estabilidade ante o real", considerou o gerente da tesouraria do Banco Alfa de Investimento, Gerson de Nobrega.
Os investidores continuaram atentos a mais dados sobre o desempenho das principais economias mundiais, em busca de sinais sobre quão sustentável será a retomada.
O dólar abriu em queda, refletindo um alívio dos temores sobre o ritmo da economia chinesa. Mas a cautela ganhou espaço com a divulgação de dados mostrando um aumento nos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos.
A maior aversão ao risco decorrente desses números estimulou um movimento de saída de recursos do mercado doméstico, colaborando para que o dólar chegasse à máxima do dia.
No final da sessão, contudo, prevaleceu o otimismo diante da recuperação das ações chinesas e de uma melhora em dados regionais do setor manufatureiro norte-americano, o que permitiu um fluxo levemente positivo.
O índice global do dólar, que mede seu desempenho ante uma cesta com as seis principais divisas mundiais, apontava baixa de 0,2 por cento no final da tarde.
No ano, o recuo acumulado pela moeda norte-americana ante o real chega a 21 por cento, fortemente ancorado nas entradas de recursos estrangeiros para a bolsa de valores brasileira. Dados da BM&FBovespa mostram que em agosto, até o dia 17, a saldo líquido dessas operações estava positivo em 1,49 bilhão de reais, elevando o superávit acumulado em 2009 para 13,8 bilhões de reais.