Movimento no Saara, comércio popular do Rio de Janeiro.| Foto: Mauro Pimentel/AFP
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) rebaixou nesta terça-feira (12) as previsões de crescimento da economia brasileira para 2021 e 2022.

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De acordo com o relatório sobre as perspectivas econômicas globais, a estimativa para o Brasil é de crescimento de 5,2% neste ano e de 1,5% no ano que vem.

Os números representam uma redução quando comparados a projeções anteriores divulgadas pelo FMI. Para 2021, a expectativa anterior, divulgada em julho, era de um crescimento de 5,3% para a economia do país. Já para 2022, a queda foi maior: anteriormente o fundo projetava um crescimento de 1,9%.

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Motivos para a mudança, segundo o FMI

Em entrevista coletiva virtual nesta terça-feira (12), a economista-chefe do FMI, Gita Gopinath, destacou que o rebaixamento da perspectiva de crescimento do Brasil tem relação com a expectativa de aumento nas taxas de juros, devido à alta da inflação.

Além disso, segundo ela, a redução da projeção de crescimento da economia dos Estados Unidos, um dos principais parceiros comerciais do Brasil, também influenciou no resultado.

Na mesma entrevista coletiva, a vice-diretora de Pesquisa do FMI, Petya Koeva Brooks, classificou como “modesta” a redução de expectativas de crescimento da economia brasileira.

Rebaixamento da previsão de crescimento global

O mesmo relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) rebaixou as previsões de crescimento global neste ano para 5,9%, 0,1 ponto porcentual a menos do que o estipulado três meses atrás (6%). Entre as razões apontadas pelo Fundo estão a propagação da variante Delta do novo coronavírus e os problemas nas cadeias globais de distribuição.

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"A recuperação continua, mas o impulso se fragilizou, lastrado pela pandemia", afirmou a economista-chefe do FMI, Gita Gopinath.

O informe, contudo, não apresentou alterações para as estimativas referentes ao ano de 2022, que apontam para um crescimento mundial de 4,9% da economia.

O relatório do Fundo indica ainda que as economias avançadas deverão recuperar os níveis econômicos prévios à pandemia em 2022, enquanto as economias em desenvolvimento, com exceção da China, terão que aguardar alguns anos para a retomada.

Como ficou a previsão do FMI para outros países

Os Estados Unidos, com crescimento previsto de 6%, e a China, com 8%, seguem sendo os grandes motores da economia mundial neste ano.

Isso embora o FMI tenha, nos dois casos, rebaixado as estimativas: em um ponto percentual no caso americano e em um décimo no chinês.

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Sobre outros países: a Índia voltará a registrar o maior crescimento, com uma taxa de 9,5% em 2021, mesma previsão já feita em junho.

Já a Rússia deve crescer 4,7%, três décimos a mais do que o previsto três meses atrás pelo Fundo Monetário Internacional.

Confira as projeções de crescimento para 2021 e 2022, segundo o FMI:


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