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crise mundial

FMI alerta para insolvência de Espanha e Itália

Christine Lagarde, diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), alertou que Itália e Espanha podem se tornar insolventes devido ao custo para financiar suas dívidas, caso os líderes da zona do euro não criem já um fundo emergencial de resgate maior do que o atual. Itália e Espanha têm economias maiores do que a da Grécia, onde um impasse impede o desfecho das negociações com os credores privados para redução da dívida. Lagarde disse que Itália e Espanha insolventes trariam "implicações desastrosas para a estabilidade global".

A chefe do FMI discursou para o Conselho Alemão de Relações Internacionais e pediu que as economias mais fortes – como é o caso da própria Alemanha – invistam mais para o crescimento da região, aumentem a proteção e as reservas contra a crise da dívida e fortaleçam a integração europeia.

Somente no último ponto parece haver consenso entre Lagarde e a chanceler alemã, Angela Merkel. Em evento pela celebração dos dez anos da introdução das notas e moedas do euro, Merkel disse que "a Europa só irá para a frente se tomarmos o caminho da integração novamente". Para ela, a disciplina fiscal é fundamental para o futuro da União Europeia. Já Lagarde ponderou que cortes orçamentários indiscriminados apenas aumentarão as pressões recessivas.

Enquanto Merkel argumenta que este não é o momento para debater o aumento dos fundos de resgate para a zona do euro, o FMI pede que a Europa dobre o tamanho de seu fundo, chegando a cerca de 1 trilhão de euros. Lagarde também quer que o FMI tenha mais recursos para empréstimos. Ela busca US$ 500 bilhões adicionais. O assunto será sua prioridade na reunião dos ministros de Finanças do G20, no México, em fevereiro.

Recessão

Ontem, o Banco Central da Espanha anunciou que a economia do país entrará em recessão neste ano, com queda de 1,5% de seu PIB e efeitos que durarão até 2013. Com isso, a taxa de desemprego no país, que já é alta, seguirá crescendo e deve atingir 23,3% da população. Segundo as contas do Banco Central local, 500 mil postos de trabalho serão cortados durante este ano.

Na Grécia, o grupo de credores privados diz que já chegou à sua oferta limite de redução dos valores devidos. Havia esperança de que o acordo para um corte de 100 bilhões de euros fosse alcançado ontem, em meio a uma reunião dos ministros europeus da área econômica em Bruxelas. O acordo é necessário para que a Grécia receba nova parcela do segundo pacote de ajuda, de 130 bilhões de euros.

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