O conselho executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou na sexta-feira a liberação de uma parcela de cerca de 3,2 bilhões de euros para ajudar a Grécia a honrar suas dívidas com vencimento neste mês.

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Ao anunciar a liberação da parcela, que faz parte de um pacote de resgate no valor de 110 bilhões de euros oferecido pelo FMI e pela União Europeia (UE) no ano passado, a diretora-gerente do Fundo, Christine Lagarde, apontou que estão sendo feitos progressos na Grécia, mas ponderou que há mais trabalho a fazer.

"O programa está entregando importantes resultados: o déficit fiscal está sendo reduzido, a economia está se reequilibrando, e a competitividade está gradualmente melhorando", afirmou Lagarde em comunicado.

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"Contudo, com muitas reformas estruturais importantes ainda a serem implementadas, permanecem significativos desafios de política. Um ajuste fiscal durável é necessário, para que o déficit não alcance um nível insustentavelmente alto, e reformas para aumentar a produtividade deveriam ser aceleradas, com o intuito de evitar que a recuperação fracasse", disse ela.

O FMI tem alertado que a crise na Grécia poderia alcançar países como Estados Unidos através de financiamentos nos mercados de dinheiro, principalmente caso haja contágio aos bancos da zona do euro com elevada exposição à dívida grega.

O Fundo marcou seu encontro para liberar a quinta parcela de uma ajuda à Grécia, após líderes da zona do euro terem concordado no sábado com a liberação de 12 bilhões de euros que devem ser pagos a Atenas como parte de um resgate inicial.

Lagarde disse que as autoridades gregas fizeram progressos na área fiscal ao identificar medidas exigidas para reduzir o déficit geral do governo para menos de 3 por cento do Produto Interno (PIB) até 2014.

Ela também elogiou a estratégia de privatização do governo e notou que, embora o plano para vender 50 bilhões de euros em ativos estatais até 2015 seja "muito ambicioso, o estabelecimento de uma agência independente de privatização deve ajudar a efetuar uma implementação transparente e no tempo apropriado".

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Lagarde disse, contudo, que ainda há mais trabalho a ser feito.

"Para fortalecer a competitividade da Grécia, a implementação de reformas estruturais precisa ser acelerada. Isso ajudará a alcançar sinergias, como entre privatização, e reduzir barreiras administrativas ao investimento. A agenda de reforma deveria ser expandida para combater os elevados impostos no mercado de trabalho grego e um sistema jurídico ineficiente", acrescentou Lagarde.