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crise econômica

FMI defende alta mais rápida da moeda chinesa

A China deveria deixar o yuan subir mais rapidamente para evitar a criação de condições para uma nova crise econômica, afirmou o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, em entrevista ao jornal francês Le Monde. Ontem, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, afirmou em Bruxelas, na Bélgica, que uma instabilidade no yuan pode ser desastrosa para o mundo e pediu que os líderes da União Europeia diminuam a pressão sobre o câmbio de Pequim.

Segundo Strauss-Kahn, a política econômica da China "está levando a uma apreciação do yuan que vai pesar sobre a inflação e impulsionar o consumo doméstico. No entanto, a autoridade observou que, embora o processo não possa ocorrer instantaneamente - por causa do tamanho do país e das disparidades econômicas regionais -, ele tem que ser mais rápido.

"O baixo valor do yuan está na raiz das tensões da economia mundial que estão se transformando em ameaças", afirmou Strauss-Kahn. "Se nós quisermos evitar a criação de condições para uma nova crise, a China precisa acelerar o processo de valorização da moeda", destacou.

No entanto, a China não tem dado sinais de que vai ceder à pressão das autoridades globais. "Se o yuan não ficar estável, isso provocará desastres para a China e o mundo", disse o premiê Wen ontem, durante discurso a autoridades e empresários europeus em Bruxelas. A China tem muito a perder ao permitir a livre flutuação de sua moeda, segundo Wen.

"Se nós aumentarmos o yuan em 20% ou 40%, como algumas pessoas estão pedindo, muitas das nossas fábricas vão fechar e a sociedade entrará em turbulência", afirmou o premiê. Wen argumentou também que um yuan mais forte vai reduzir as já apertadas margens de muitos exportadores chineses.

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